A videoarte foi consequência direta de que mudanças sociais e tecnológicas?
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Resposta:
O vídeo, em seus primeiros anos (quando se tornou acessível ao público em geral), tem um caráter de contestação até de suas próprias ferramentas de suporte: ele se auto-critica para se auto-fomentar. A ideia de não necessitar de um museu para se apresentar uma obra foi algo que a videoarte ajudou a construir junto com as outras artes que compartilhavam da ideia conceitualista de Arte-vida, a arte ocorre no dia-a-dia nas ruas, em volta de todos nós, aqui confirmado por Cristina Freire: “A preponderância da ideia, a transitoriedade dos meios e a precariedade dos materiais utilizados, a atitude crítica frente às instituições, notadamente o museu, assim como formas alternativas de circulação das propostas artísticas, em especial durante a década de 1970, são algumas de suas estratégias [da arte conceitual]No início da década de 1960, Wolf Vostell é pioneiro e figura fundamental da Videoarte com o seu video Sun in your head de 1963 e também com a sua instalações 6 TV Dé-coll/age[2] de 1963.
Ela eclodiu em exposições a partir de 1968 por todo o mundo, vindo inicialmente como uma alternativa para artistas plásticos de experimentar novos meios em suas obras. Diferente do vídeo experimental, que procura criar uma história que possua a linguagem cinematográfica de enredo, ou sua estrutura temporal, a videoarte decide apresentar sensações que representam uma ideia por completo, um resumo sintético do que se quer passar, não importando o tempo, qualidade de imagem ou enredo e personagens (que é tudo utilizado a favor da ideia). E também difere-se dos cinemas por não compartilhar especificamente da perspectiva de exibição em salas escuras com cadeiras dedicadas a um posicionamento confortável.
“Na primeira época, era o ‘tempo real’ que interessava os artistas: vídeo, não-processado e não-editado, podia capturar o tempo como era experienciado, logo aqui e agora, internamente ou externamente.”[4]. Essa tendência veio de um conjunto de referências passadas, como o minimalismo, arte abstrata, pop, fotográfica, sempre unida às novas tecnologias. Depois houve uma nova tendência (quase profética, se pensarmos em webcams, que, aliás, também já foram utilizadas pela videoarte) à auto-gravação da pessoa do artista, trazendo situações performáticas, por vezes ironizando se o depoimento perante a câmera realmente precisa ter conteúdo, captando diálogos em tempo real, forçando ao máximo o estupor que seria o ‘tempo real’ na ‘tela virtual’, demorando o tempo que desejasse sem edição alguma. Pode-se perceber então que a crítica sobre a comunicação dos meios também é o foco deste segmento.
Umberto Eco, em Apocalípticos e Integrados, comenta: “Consequentemente, uma vez que a cultura média e popular (ambas já produzidas a níveis mais ou menos industrializados, e sempre mais altos) não vendem mais a obra de arte, e sim os seus efeitos, sentem-se os artistas impelidos, por reação, a insistirem no pólo oposto: não mais sugerindo efeitos, nem se interessando pela obra, mas sim pelo processo que leva à obra.”[5]. O abandono do apego material por uma obra encaminhou o artista a consolidar seus projetos em um novo nível do que seria a realização de uma obra: a obra é, antes mesmo de ter sido realizada; ela é o puro ato do simples pensar do criador sobre ela, relegando a prática ao supérfluo que pode ser descartado e remontado com outro material para exibição, contando que a ideia se mantenha fiel. “Quando o artista usa uma forma conceitual de arte, significa que todas as decisões serão tomadas antes e a execução é um negócio mecânico. A ideia torna-se o motor que realiza a arte.”[6].
Video arte é especulado por ter conhecido sua origem quando Nam June Paik usou a sua mais nova camera Sony Portapak para gravar metragens da procissão do Papa Paulo VI pela cidade de Nova Iorque no outono de 1965. No mesmo dia eles exibiu essas fitas em um café em Greenwich Village e nesse dia a "Video arte" nasceu. Contudo, esse fato é discutido até os dias de hoje,sendo que a primeira Sony Portapak e Viderover não tornara disponível até no ano de 1967. Fred Porest não se contradiz esse fato, dizendo que Nam June Paik teria conseguido o equipamento com fabricantes, e que dão créditos a Andy Warhol, que mostrara underground video arte semanas antes da seleção a procissão do Papa, de Nam June Paik.
Central quanto a questão da introdução da Sony Portapak, foi a questão tecnologia das "imagens moventes" que era somente disponível para consumidores em forma de 8 e 16 mm de filme, mas não tinha suporte de playback instântaneo que outras fitas de vídeo tinham a oferecer. Consequentemente, muitos artistas acharam o video mais uma mídia de mais impacto do que o filme, ainda mais quando uma maior acessibilidade acoplado com tecnologias quais poderia-se editar e modificar a imagem de video.
Explicação:
Resposta:
(eu acho, não garanto q ta certo)
Explicação:
Da descoberta dos cinemas e vídeos, e do povo descobrindo que não precisaria mas ir no museu para ver obras de arte.
Dica pra galera q ta copiando: tenta mudar algumas palavras pro prof n desconfiar