a vida de getulio vargas
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Resposta:
Getúlio Vargas foi um dos grandes nomes da história do Brasil no século XX. Ficou conhecido por ter sido o presidente brasileiro que mais tempo ocupou a presidência (entre 1930 e 1945). Nascido de uma família de estancieiros no Rio Grande do Sul, foi alçado à presidência em 1930, permanecendo no poder durante 15 anos.
Getúlio Dornelles Vargas nasceu em São Borja, no Rio Grande do Sul, em 19 de abril de 1882. Ao longo de sua vida, foi advogado e político. Pertencia a uma família de estancieiros que tinha grande influência na política gaúcha. Seu pai chamava-se Manoel do Nascimento Vargas, e sua mãe, Cândida Dornelles Vargas. Durante sua juventude, Vargas optou por seguir a carreira militar, ingressando em um batalhão local quando ainda tinha 16 anos de idade. Aos 18 anos, no entanto, foi expulso da corporação, mas retornou ao Exército em 1903, quando uma crise entre Brasil e Bolívia despontou. Nesse mesmo ano, ingressou na Faculdade de Direito de Porto Alegre, graduando-se em 1807. Em março de 1911, Vargas casou-se com Darcy Lima Sarmanho, filha de uma família tradicional de São Borja. Vargas tinha 28 anos, e esposa possuía apenas 15 anos de idade. Desse casamento, nasceram cinco filhos: Lutero, Jandira, Alzira, Manuel e Getúlio. Nos anos de faculdade, Vargas envolveu-se com a política e, aos poucos, aproximou-se de grupos que detinham grande poder na política gaúcha. Em 1906, por exemplo, antes mesmo de terminar seu curso, foi escolhido para saudar o presidente Afonso Pena durante sua visita a Porto Alegre.
Aproximou-se do Partido Republicano Rio-Grandense e de Borges de Medeiros, forte nome da política gaúcha. Em 1908, foi nomeado como segundo promotor do Tribunal de Porto Alegre e, no ano seguinte, foi eleito como deputado estadual do Rio Grande do Sul. Manteve-se na função até 1913, quando então renunciou ao cargo após desentendimento com Borges de Medeiros. Entre 1913 e 1917, dedicou-se à advocacia, mas acabou sendo novamente eleito deputado estadual em 1917. Em 1922, foi eleito para deputado federal e manteve-se nessa função até 1926, quando a ascensão de Washington Luís à presidência fez com que Vargas fosse indicado ao Ministério da Fazenda. Por fim, em 1928, tornou-se presidente (atual governador) do estado do Rio Grande do Sul.
A carreira política de Vargas ganhou um novo impulso com a Revolução de 1930. Tudo se iniciou quando o presidente Washington Luís revolveu romper com o acordo de sucessão existente entre a oligarquia paulista e mineira. Insatisfeita, a oligarquia mineira aliou-se com a oligarquia gaúcha e, juntas, lançaram Getúlio Vargas para concorrer contra Júlio Prestes – o candidato de Washington Luís. Getúlio Vargas foi derrotado na eleição presidencial, mas o grupo que o apoiava – Aliança Liberal – começou a conspirar contra o presidente e o candidato vitorioso. Quando o vice de Vargas, João Pessoa, foi assassinado em 1930 (por razões que não se relacionavam com a eleição), um levante militar contra o presidente foi iniciado. Em menos de um mês, esse levante conseguiu derrubar Washington Luís. Então, Vargas foi nomeado presidente provisório do Brasil em novembro de 1930.
Em agosto de 1954, o governo enfrentava um crítico quadro. Pressionado por todos os lados, a situação do presidente agravou-se terrivelmente quando o seu maior opositor – Carlos Lacerda – foi alvo de uma tentativa de assassinato fracassada, que ficou conhecida como Atentado da Rua Tonelero e aconteceu em 5 de agosto. O jornalista sobreviveu, mas seu guarda-costas, um major da Aeronáutica, foi morto. As investigações descobriram que a ordem do atentado havia partido do chefe de segurança do Palácio do Catete, Gregório Fortunato. Vargas passou a ser pressionado a renunciar e, isolado politicamente, optou pela saída mais extrema possível. No dia 24 de agosto de 1954, redigiu uma carta-testamento e cometeu suicídio, chocando o país. O velório de Vargas mobilizou milhares de pessoas nas ruas do Rio de Janeiro, e os adversários políticos de Vargas foram alvo da fúria popular. Carlos Lacerda, por exemplo, foi obrigado a fugir às pressas do Brasil.