A valsa
Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co’as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranquila,
Serena,
Sem pena
De mim!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!…
— Não negues,
Não mintas…
— Eu vi!…
Valsavas:
— Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos,
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
Que é meu;
E os olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias,
Tremias,
Sorrias,
P’ra outro
Não eu!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...
[...]
ABREU, Casimiro de. Poesias completas. São Paulo: Saraiva, 1961. p. 127-128. (Fragmento).
9. No poema “A valsa”, de Casimiro de Abreu,
Escolha uma:
a. os versos de três sílabas poéticas imitam o ritmo da valsa.
b. não há nenhuma relação entre os versos e o título desse poema.
c. os versos de duas sílabas poéticas definem o ritmo que se associa ao título.
d. o ritmo poético dialoga ironicamente com os passos da valsa.
e. os versos de duas sílabas poéticas ditam um ritmo que se distancia da valsa
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:
precisso tambem
Explicação:
rabelogiovanna01:
era só esperar alguém responder
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