A VAGUIDÃO ESPECÍFICA
“As mulheres têm uma maneira de falar que eu chamo de
vago-específica”. (Richard Gehman)
— Maria, ponha isto lá fora em qualquer parte.
— Junto com as outras?
— Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir
alguém e querer fazer qualquer coisa com elas. Ponha no
lugar do outro dia.
— Sim, senhora. Olha, o homem está aí.
— Aquele de quando choveu?
— Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no
domingo.
— Que é que você disse a ele?
— Eu disse para ele continuar.
— Ele já começou?
— Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde
quisesse.
— É bom?
— Mais ou menos. O outro parece ser mais capaz.
— Você trouxe tudo para mim?
— Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe
porque a senhora recomendou para deixar até a véspera.
— Mas traga, traga. Na ocasião, nós descemos tudo de
novo. É melhor senão atravanca a entrada e ele reclama
como na outra noite.
— Está bem, vou ver como.
(Fernandes, Millôr – Trinta anos de mim mesmo, Círculo
do Livro, apud Koche/Travaglia, 2001, p.32)
Ocorrem coesão e coerência no texto abaixo? Justifique
sua resposta.
_________________________
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vc já respondeu essa aí???
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Resposta: RESPOSTA CORRETA
O autor do texto explora intencionalmente a indeterminação da linguagem com a intenção de comprovar que, uma vez que se desconheça o contexto da comunicação, a fala das personagens torna-se incompreensível.
Explicação:
Corrigido pelo AVA
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