Português, perguntado por ramem14764, 10 meses atrás

A um poeta


Longe do estéril turbilhão da rua,


Beneditino, escreve! No aconchego


Do claustro, na paciência e no sossego,


Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!




Mas que na forma se disfarce o emprego


Do esforço; e a trama viva se construa


De tal modo, que a imagem fique nua,


Rica mas sóbria, como um templo grego.




Não se mostre na fábrica o suplício


Do mestre. E, natural, o efeito agrade,


Sem lembrar os andaimes do edifício:




Porque a Beleza, gêmea da Verdade,


Arte pura, inimiga do artifício,


É a força e a graça na simplicidade.


Olavo Bilac. Antologia de poesia brasileira - Realismo e Parnasianismo.


São Paulo: Ática, 1998, p. 48.


Marcada pelo apuro formal e pela retomada de temas clássicos, a produção parnasiana foi preponderante no final do século XIX e nos primeiro anos do século XX.

No poema de Olavo Bilac é possível destacar que


A

segue o padrão subjetivo comum à poesia de Bilac


B

apresenta o apego formal quanto à métrica, mas utiliza versos brancos.


C

o uso do soneto aproxima o poema da tradição clássica de composição


D

a referência à arte foge ao padrão parnasiano


E

a impassibilidade é quebrada pela referência à religiosidade

2) A valorização da beleza artística era uma das características mais relevantes da produção parnasiana que pode ser melhor observada no seguinte verso

A
“Beneditino, escreve! No aconchego”

B
“Sem lembrar os andaimes do edifício”

C
“Do esforço; e a trama viva se construa”

D
“É a força e a graça na simplicidade”

E
“Arte pura, inimiga do artifício”

Soluções para a tarefa

Respondido por luziailsa1
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Resposta:

b sem lembrar os andaimes do edifício

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