A Terra está assentada sobre placas tectônicas. Explique o movimento da deriva dos continentes apoiado na Teoria das Placas Tectônicas.
Soluções para a tarefa
As placas tectônicas são grandes blocos que fazem parte da camada sólida externa do planeta Terra, responsável por sustentar os oceanos e continentes. Quando o magma da Terra se movimenta em seu interior, as placas principais empurram as outras, que alteram alguns milímetros e modificam em partes alguns cenários da Terra. Elas estão localizadas na camada da Terra chamada de litosfera. Quando há o encontro dessas placas, uma enorme quantidade de energia fica acumulada nas rochas, tendo um poder semelhante à bombas atômicas. Quando essas cargas são liberadas, ocorrem os terremotos. Já nos oceanos, podem ocasionar no surgimento de vulcões, por exemplo.
Teoria da Deriva ContinentalO cientista alemão Alfred Wegener, em 1915, formulou uma teoria chamada de Deriva Continental, que trata da movimentação dos continentes, em sua obra 'A Origem dos Continentes e Oceanos'. De acordo com seus estudos, todos os continentes que existem teriam se separado até o local que se encontram hoje, de um único grande continente, chamado de Pangea, rodeado pelo mar Panthalassa. Antes dessa separação, o Pangea se dividiu dando origem a dois grandes continentes que foram chamados de Laurásia e Godwana. Essa movimentação já havia sido apontada por outros cientistas que mencionavam por exemplo, haver um encaixe de alguns continentes com outros. Além disso, com os estudos dos fósseis, havia uma semelhança entre aqueles que foram encontrados em continentes diferentes.
Na Segunda Guerra Mundial, a teoria ainda estava em fase de aceitação. Um dos eventos que contribuiu para sua comprovação foi a necessidade de conhecer o fundo oceânico para a navegação dos submarinos. Surgiu assim, um instrumento chamado de sonar, que em períodos de guerra servia para a detecção de outros submarinos, mas também detectava a profundidade, os obstáculos existentes, etc.
Na década de 40, novas expedições foram realizadas com equipamentos mais sofisticados a fim de coletar amostras e mapear o piso oceânico. Através desses estudos foi possível detectar a existência de montanhas submersas, chamadas de dorsais meso-oceânicas. Com o avanço do método de definir a idade das rochas, os cientistas descobriram que as mais jovens eram aquelas que estavam perto das dorsais meso-oceânicas, já as que estavam mais próximas dos continentes eram as mais antigas.
No início da década de 60, Harry Hess e Robert Dietz sugeriram que a crosta se separava por meio de riftes existentes nas dorsais meso-oceânicas, assim, devido a essas falhas, era formado um novo fundo oceânico, derivados de processos que ocorriam no manto. Isso mostrava que o interior da Terra estava em constante movimentação provando a teoria de Wegener, que não era muito aceita na época. Com os avanços nos estudos da geologia e geofísica marinha na década de 60 pode-se comprovar a teoria de Wegener.