A sociologia reconhece a solidariedade como a base das interações sociais, assim a sociedade através da coletividade estabelece relações entre indivíduos enquanto inseridos em uma sociedade, ao mesmo tempo que reconhece a composição destes indivíduos enquanto aglutinados em uma instituição que proporciona mudanças de aspecto social. Ou seja, a solidariedade é o composto que proporciona fenômenos sociológicos e pode ser distinta em duas formas.
VALENCIANO, Tiago Valenciano; AGUIAR, Gilson Costa de. Fundamentos Sociológicos e Antropológicos da Educação. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.
Considerando as duas formas de solidariedade de Durkheim, analise as afirmações seguir:
I. Uma das formas é representada pela ligação do indivíduo com a sociedade.
II. Outra forma, trata das partes que formam a sociedade e da dependência do indivíduo pela sociedade.
III. Comparando os dois formatos de solidariedade, a visão se modifica de uma forma para outra.
IV. As duas formas de solidariedade, causam um processo de distinção social, causando o efeito de duas sociedades distintas.
É correto o que se afirma em:
Alternativas
Alternativa 1:
I apenas.
Alternativa 2:
I e II apenas.
Alternativa 3:
III e IV apenas.
Alternativa 4:
I, II e III apenas.
Alternativa 5:
I, II, III e IV.
Soluções para a tarefa
As quatro afirmativas são verdadeiras.
Durkheim tem dois modelos gerais de solidariedade, a mecânica e a orgânica. A solidariedade mecânica é comum nas sociedades anteriores ao capitalismo, em que a divisão do trabalho é simples e que há menos graus de interdependência entre todos os sujeitos, havendo maior autonomia.
Já a orgânica é marcada pela especialização do trabalho, divisão profunda das tarefas sociais e dos deveres políticos, o que funda sociedades diferentes, onde os sujeitos se ligam de formas diferentes.
Resposta:
Alternativa 4:
I, II e III apenas.
Explicação:
há dois tipos de solidariedade estabelecida por Durkheim: a primeira liga diretamente o indivíduo à sociedade, o que chamamos de solidariedade mecânica. A segunda, só pode ser entendida na complexidade das relações sociais em sua divisão do trabalho social, na qual o indivíduo é apenas um componente dentro da complexa cadeia de dependência – a solidariedade orgânica. Nesta, o indivíduo exalta suas particularidades e parece negar sua relação com a sociedade
A primeira liga diretamente o indivíduo à sociedade, sem nenhum intermediário. Na segunda, ele depende da sociedade porque depende das partes que a compõem.
A sociedade não é vista sob o mesmo aspecto nos dois casos. No primeiro, o que chamamos por esse nome é um conjunto mais ou menos organizado de crenças e sentimentos comuns a todos os membros do grupo: o tipo coletivo. No segundo caso, ao contrário, a sociedade na qual somos solidários é um sistema de funções diferentes e especiais, que unem relações definidas. Essas duas sociedades são apenas uma. São duas faces de uma única e mesma realidade, mas nem por isso têm menos necessidade de ser distinguidos (DURKHEIM, 2002, p. 27).