A sociologia brasileira data das primeiras décadas do século passado. Apresente os principais conceitos de Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro, Gilberto Freire e Sérgio Buarque de Hollanda.
Soluções para a tarefa
Florestan pregava a “sociologia militante”, que visava unir a teoria com a prática, logo teve uma grande influencia de Marx. Essa busca em conciliar a teoria e a ação prática foi uma grande marca em sua vida.
Entendia ele que a sociedade devia ser estudada por fundamentos de sua organização e suas ocorrências históricas, os dilemas assim por ressaltado. Esse era motivo de sua concepção de analise, que por muitos foi definida como “histórico-cultural”. Na visão florestaniana a sociedade brasileira, por ter uma formação histórica peculiar exigisse uma abordagem com traços nítidos e definidos no estudo das relações sociais.
Desenvolveu diversas obras dentre elas podemos destacar: A integração do negro na sociedade de classes; A revolução burguesa no Brasil; Fundamentos empíricos da explicação sociológica; e A sociologia numa era de revolução social.
Darcy Ribeiro nasceu em Minas (1922), no centro do Brasil. Formou-se em Antropologia em São Paulo (1946) e dedicou seus primeiros anos de vida profissional ao estudo dos índios do Pantanal, do Brasil Central e da Amazônia. Neste período fundou o Museu do Índio e criou o Parque Indígena do Xingu. Escreveu uma vasta obra etnográfica e de defesa da causa indígena.Segundo a visão de nosso autor, o processo de formação do povo brasileiro foi marcado constantemente por situações de conflitos. Caracteriza o entendido entrechoque dos contingentes índios, negros e brancos dentro do quadro de conflitos não puros. Pois, segundo entende, sempre ocorreu uma mescla entre uns e outros.
Para Darcy uma nova situação se impôs com a chegada do dominador europeu, tendo em vista que este queria buscar de todas as formas impor uma hegemonia nessas terras.
Os conflitos interétnicos que aqui existiam, sem maiores consequências, agora de maneira mais ampla, é surpreendido por uma nova situação de guerra irreconciliável.
Nesse confronto, as forças que se chocam são muito desiguais. Comenta:
De um lado, sociedades tribais, estruturadas com base no parentesco e outras formas de sociabilidade, armadas de uma profunda identificação étnica, irmanadas por um modo de vida essencialmente solidário. Do lado oposto, uma estrutura estatal, fundada na conquista e dominação de um território, cujos habitantes, qualquer que seja a sua origem, compõem uma sociedade articulada em classes, vale dizer, antagonicamente opostas mas imperativamente unificadas para o cumprimento de metas econômicas socialmente irresponsáveis. A primeira das quais é a ocupação do território. Onde quer que um contingente etnicamente estranho procure, dentro desse território, manter seu próprio modo tradicional de vida, ou queira criar para si um gênero autônomo de existência, estala o conflito cruento.
Gilberto de Melo Freire nasceu em Recife PE em 1900. Sua obra em geral representou um divisor de águas na evolução cultural do Brasil e contribuiu para que o país encarasse com mais confiança seu papel no mundo moderno.
Indo fazer sua pós-graduação nas universidades norte-americanas de Baylor (Waco, Texas) e Colúmbia (Nova York) onde esteve sob a influencia de Frans Boas. Ao termino do curso apresentou em 1922 a tese: Social live in Brazil in the middle of 19th century (A vida social no Brasil em meados do século XIX), que mais tarde se transformaria em seu famoso livro Casa-Grande & Senzala, publicado em 1932, tendo um impacto tão grande quanto Os Sertões de Euclides da Cunha. Nesta obra, Freire imprime sua visão poderosa e original dos fundamentos da sociedade brasileira, descreve com objetividade a contribuição do negro e o fenômeno da miscigenação na formação social do Brasil.
Sérgio Buarque de Hollanda: Inspirando-se na tese de Ribeiro Couto, que identificava o brasileiro como “homem cordial”, Sérgio teve um pesquisa de primeira mão, com intuito de negligenciar a interpretação dos fatos. Foi nessa documentação que ele se baseou para editar em 1936 uma de suas principais obras; Raízes do Brasil, a qual o tornou autoridade internacionalmente reconhecida sobre assuntos do Brasil colônia.
Foi um dos pioneiros a utilizar na análise histórica brasileira o método tipológico de Marx Weber.
Sua obra Visão do paraíso (1959) ele consegue pela primeira vez intervir na visão estereotipada que os europeus tinham do Brasil.