A sociedade, no caso, os jornalistas – até mais que os normatistas – condenaram um tipo de 47 conteúdo, a variação linguística, que faz parte há mais de quinze anos dos livros didáticos de língua 48 portuguesa disponíveis no mercado, avaliados e aprovados pelo MEC. Estão, portanto, mal informados. 49 Como ressalta o professor da Universidade de Brasília Marcos Bagno, em artigo publicado no site de Carta 50 Capital:
“Nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes 51 usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer 52 ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua… Defender o respeito à variedade 53 linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e 54 aos discursos que ela aciona.
Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas 55 é preciso repetir isso a todo momento”. 56 Pelo visto, nem tudo que parece é óbvio. Possenti resume bem o imbróglio: “Bastaria que se 57 aceitasse que as línguas não são uniformes, o que é um fato notório, bastaria as pessoas se ouvirem”.
Fica 58 aí a dica para quem, como o jornalista Alexandre Garcia, em comentário irado sobre o livro que “ensina a 59 falar errado”, começou a frase com “Quando eu TAVA na escola”…
(Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 05 jan. 2012) 01.
O primeiro parágrafo é encerrado com o seguinte período: “Poderíamos nos perguntar o que Glorinha Kalil pensa do assunto, mas vamos nos ater aos fatos”.
Sobre esse período, é correto afirmar que a autora
(a)
não deveria ter feito uso do pronome átono “nos” proclítico aos verbos principais, pois, como se trata de locução verbal, a norma culta só admite ênclise após o verbo principal.
(b)
não deveria ter feito uso da primeira pessoa do plural, uma vez que é uma característica do gênero a impessoalização do sujeito.
(c)
recorre a uma informação subentendida, sugerindo a ideia de que qualquer profissional, principalmente os jornalistas, sente-se capaz de emitir pareceres sobre o ensino de Língua Portuguesa no Brasil.
(d)
recorre a uma informação pressuposta a fim de revelar que, no Brasil, a opinião da mídia tem muito mais credibilidade do que a dos especialistas em língua portuguesa.
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Oi, boa tarde!
Com base no exposto acima, mas também com base nos conhecimentos adquiridos, é possível afirmar que a alternativa correta compreende a letra:
(a)
não deveria ter feito uso do pronome átono “nos” proclítico aos verbos principais, pois, como se trata de locução verbal, a norma culta só admite ênclise após o verbo principal.
Isso ocorre porque a locução verbal acima exposta deveria surgir no texto apenas após a inclusão do verbo principal, segundo a norma culta.
Com base no exposto acima, mas também com base nos conhecimentos adquiridos, é possível afirmar que a alternativa correta compreende a letra:
(a)
não deveria ter feito uso do pronome átono “nos” proclítico aos verbos principais, pois, como se trata de locução verbal, a norma culta só admite ênclise após o verbo principal.
Isso ocorre porque a locução verbal acima exposta deveria surgir no texto apenas após a inclusão do verbo principal, segundo a norma culta.
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