A seguir, você lerá um trecho do livro Aventuras de Alice no País das Maravilhas & Através do Espelho, de Lewis Carrol. Leia-o para responder às questões de 1 a 3.
[...]
“Neste caso, vamos recomeçar do zero”, disse Humpty Dumpty, “e é minha vez de escolher o assunto…” (“Ele fala exatamente como se fosse um jogo!” pensou Alice.)
Portanto, aqui está uma pergunta para você. Quantos anos disse que tinha?”
Alice fez um rápido cálculo e respondeu: “Sete anos e seis meses.”
“Errado!” Humpty Dumpty exclamou, triunfante. “Você nunca disse tais palavras!”
“Pensei que queria dizer ‘Quantos anos você tem?’” Alice explicou.
“Se tivesse querido dizer isso, teria dito isso”, disse Humpty Dumpty.
Não querendo começar outra discussão, Alice não disse nada.
“Sete anos e seis meses!” Humpty Dumpty repetiu, pensativo. “Uma idade muito incômoda. Se tivesse pedido o meu conselho, eu teria dito: ‘pare nos sete’… mas agora é tarde.”
“Nunca peço conselho sobre crescimento”, Alice disse indignada.
“Orgulhosa demais?” o outro perguntou.
Essa sugestão deixou Alice ainda mais indignada. “Quero dizer que uma pessoa não pode evitar ficar mais velha.”
“Uma não pode, talvez”, disse Humpty Dumpty, “mas duas podem. Com a devida assistência, você teria podido parar em sete.”
“Que cinto bonito o seu!” Alice observou de repente. (Já tinham falado mais que o bastante sobre idade, ela pensou; e se realmente iam revezar na escolha de assuntos, agora era a sua vez.) “Pelo menos”, corrigiu-se, após pensar melhor, “uma bela gravata, eu devia ter dito… não, um cinto… quero dizer… perdoe-me!” acrescentou assustadíssima, pois Humpty Dumpty parecia extremamente ofendido e ela começou a desejar não ter escolhido aquele assunto. “Se eu pelo menos soubesse”, pensou consigo, “o que é pescoço e o que é cintura!”
Era evidente que Humpty Dumpty estava muito zangado, embora não tenha dito nada por um minuto ou dois. Quando falou de novo, foi num rosnado rouco.
“É uma… coisa extremamente… irritante”, disse por fim, “que uma pessoa não saiba distinguir uma gravata de um cinto!”
“Sei que é muita ignorância minha”, disse Alice, num tom tão humilde que Humpty Dumpty abrandou.
“É uma gravata, criança, e uma bela gravata, como você diz. Foi um presente do Rei e da Rainha Brancos. Que me diz agora?”
“Foi mesmo?” perguntou Alice, muito contente ao ver que tinha escolhido um bom assunto afinal de contas.
“Deram-me a gravata”, Humpty Dumpty continuou, pensativo, enquanto cruzava os joelhos e punha as mãos em volta deles, “deram-me… como um presente de desaniversário.”
“Perdão?” Alice perguntou, perplexa.
“Não estou ofendido”, disse Humpty Dumpty.
“Quero dizer, o que é um presente de desaniversário?”
“Um presente dado quando não é seu aniversário, é claro.” Alice refletiu um pouco. “Gosto mais de presentes de aniversário”, declarou finalmente.
“Não sabe do que está falando!” exclamou Humpty Dumpty. “Quantos dias há no ano?”
“Trezentos e sessenta e cinco”, disse Alice.
“E quantos aniversários você faz?”
“Um.”
“E se diminui um de trezentos e sessenta e cinco, resta quanto?”
“Trezentos e sessenta e quatro, claro.”
[...]
1. O trecho lido acimo é estruturado, principalmente, em forma de diálogo. As personagens Alice e Humpty Dumpty, em alguns momentos, parecem não se entender. Após a leitura do texto, pode-se afirmar que um dos motivos de tais desentendimentos é
A)o fato de as duas personagens estarem conversando sobre assuntos diferentes.
B)Alice ser inocente demais para entender o que a outra personagem quer dizer.
C)Humpty Dumpty usar as palavras em seu sentido literal, direto - valor denotativo.
D)a constante mudança de assuntos, o que não permite que Alice os acompanhe.
E)a confusão que as duas personagens fazem em relação às perguntas de ambos.
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Resposta:
a letra c não sei se esta correto
claudiamilkRAINHA:
estava certo?
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