A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino
é uma rua de poeta, reta, quieta, discreta,
direita, estreita, bem feita, perfeita,
com pregões matinais de jornais, aventais nos portais, animais e varais nos quintais;
e acácias paralelas, todas elas belas, singelas, amarelas,
doiradas, descabeladas,
debruçadas como namoradas para as calçadas;
e um passo, de espaço a espaço, no mormaço de aço baço e lasso,
e algum piano provinciano, quotidiano, desumano,
mas brando e brando, soltando, de vez em quando,
na luz rala de opala de uma sala uma escala clara que embala;
e, no ar de uma tarde que arde, o alarde das crianças do arrabalde;
e de noite, no ócio capadócio,
junto aos espiões, os bordões dos violões;
e a serenata ao luar de prata (mulata ingrata que me mata…);
e depois o silêncio, o denso, o intenso, o imenso silêncio…
A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino
é uma rua qualquer onde desfolha um malmequer uma mulher que bem me quer;
é uma rua, como todas as ruas, com suas duas calçadas nuas,
correndo paralelamente,
como a sorte, como a sorte diferente de toda a gente, para a frente
para o infinito; mas uma rua que tem escrito um nome bonito, bendito, que sempre repito
e que rima com mocidade, liberdade, tranquilidade:
Leia atentamente os comandos abaixo antes de responder às questões:
· Use letra legível, evitando rasuras. Em caso de erro, anule com um traço e refaça;
· Não use líquidos corretivos. O uso de tais corretivos será considerado rasura e implicará anulação da resposta;
· A interpretação e a leitura das questões fazem parte da avaliação.
Leia atentamente o texto para responder às questões de 1 a 6.
A rua das rimas
A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino
é uma rua de poeta, reta, quieta, discreta,
direita, estreita, benfeita, perfeita,
com pregões matinais de jornais, aventais nos portais, animais e varais nos quintais;
e acácias paralelas, todas elas belas, singelas, amarelas,
doiradas, descabeladas, debruçadas como namoradas para as calçadas;
e um passo, de espaço a espaço, no mormaço de aço baço e lasso,
e algum piano provinciano, quotidiano, desumano,
mas brando e brando, soltando, de vez em quando,
na luz rala de opala de uma sala uma escala clara que embala;
e, no ar de uma tarde que arde, o alarde das crianças do arrabalde;
e de noite, no ócio capadócio,
junto aos espiões, os bordões dos violões;
e a serenata ao luar de prata (mulata ingrata que me mata…);
e depois o silêncio, o denso, o intenso, o imenso silêncio…
A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino
é uma rua qualquer onde desfolha um malmequer uma mulher
que bem me quer;
é uma rua, como todas as ruas, com suas duas calçadas nuas,
correndo paralelamente, como a sorte, como a sorte diferente de toda a gente,
para a frente,
para o infinito; mas uma rua que tem escrito um nome bonito,
bendito, que sempre repito
e que rima com mocidade, liberdade, tranquilidade: RUA DA FELICIDADE
b) Identifique no poema outras rimas entre palavras do final de versos.
Questão 03 – valor (0,5)
Para conhecermos um bairro ou uma cidade, precisamos percorrer cada uma de suas ruas e avenidas. Para ler um poema, também precisamos percorrer cada um de seus versos. Assim, os versos de um poema são como ruas e avenidas de uma cidade: que se ligam, se completam e levam a todos os lugares. Com base nessa comparação, indique quais dos itens seguintes correspondem a afirmações coerentes sobre o texto:
( ) Os sons têm uma grande importância na construção do poema. Primeiramente, porque o poeta emprega muitas rimas; em segundo lugar, porque a rua que ele imagina é também cheia de sons, com vozes, canto e música.
( ) A rua do poeta se chama Rua da Felicidade e o seu poema se chama “A rua das rimas”. Na visão do poeta, as rimas, ou a poesia, são uma forma de chegar à felicidade.
Questão 04 – valor (1,0)
( ) O poema, com seus sons que combinam uns com os outros (rimas), sugere uma rua em que tudo se harmoniza: a natureza, as pessoas, a música e a poesia.
A palavra harmonia tem, entre outros, estes sentidos: “ordem, acordo, semelhança, sucessão agradável de sons”.
b) O poema recebeu o título de “A rua das rimas”. Podemos dizer que a rua sonhada pelo eu lírico é uma rua harmônica? Por quê?
c) A harmonia existente nessa rua é apenas de som? Justifique sua resposta.
Questão 05 – valor (0,5)
O poema é bastante envolvente em razão do jogo sonoro que faz com as palavras. Além disso, também é rico em sugestões de som e cor.
a) Destaque do texto ao menos quatro referências a sons produzidos na rua do eu lírico.
b) Destaque do poema ao menos duas referências ao colorido dessa rua.
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Respacho que a 5 e 2 sao 3
Explicação:
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