A rua das rimas
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A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino
é uma rua de poeta, reta, quieta, discreta,
direita, estreita, bem feita, perfeita,
com pregões matinais de jornais, aventais nos portais, animais e varais nos quintas.
e acácias paralelas, todas elas belas, singelas, amarelas,
douradas, descabeladas, debruçadas como namoradas para as calçadas,
e um passo, de espaço a espaço, no mormaço de aço baço e lasso,
e algum piano provinciano, quotidiano, desumano,
mas brando e brando, soltando de vez em quando,
na luz rala de opala de uma sala uma escala clara que embala;
e, no ar de uma tarde que arde, o alarde das crianças do arrabalde,
e de noite, no ocio capadócio,
junto aos lampiões esplões, os bordões dos violões;
e a serenata ao luar de prata (mulata ingrata que mata...);
e depois o silêncio, o denso, o intenso, o imenso silêncio...
A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino
é uma rua qualquer onde desfolha um malmequer, uma mulher
que bem me quer,
É uma rua, como todas as ruas, com suas duas calçadas nuas,
mas correndo paralelamente, como a sorte diferente de toda gente,
para a frente
para o infinito, mas uma rua que tem escrito um nome bonito, bendito,que sempre repoto
1. Qual a ideia central do texto?
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:
a rua,que mesmo sendo algo simples,visto pelos olhos do autor é extraordinário!
flaviopaulinodeolive:
Valeu Maninha
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