Filosofia, perguntado por altairschaustzpaydze, 11 meses atrás

A respeito dos fenômenos, de acordo com o entendimento do filósofo Kant, não se pode conhecer as coisas apenas como elas nos são representadas, só é possível o conhecimento quando há fenômeno.

​​FARIA. Jonas Silva. Filosofia. Centro Universitário de Maringá. Núcleo de Educação à Distância. Maringá-Pr, 2014. 176p.​​



​Com base em tal afirmação, analise as alternativas abaixo e assinale a correta:

Alternativas
Alternativa 1:
Tudo o que podemos conhecer, se situa no espaço e no tempo.

Alternativa 2:
Os fenômenos não obedecem à lei universal da causa e efeito.

Alternativa 3:
Os fenômenos são tudo aquilo que podemos conhecer.

Alternativa 4:
Não é o reino da causalidade natural e nem de determinismo.

Alternativa 5:
Podemos conhecer as coisas apenas como elas nos são representadas.

Soluções para a tarefa

Respondido por elamambretti
5

Sobre Kant e o conhecimento:

Alternativa 1:  Tudo o que podemos conhecer, se situa no espaço e no tempo.

Segundo  Kant, o sujeito cognoscente possui certos elementos que antecedem a experiência e, ao mesmo tempo, organizam e ordenam essa mesma experiência.

O termo usado por Kant é o de forma pura a priori. Forma, porque o sujeito fornece apenas um modo de organização de uma matéria proveniente de fora do sujeito, do mundo da experiência empírica objetiva. É pura a priori, porque esse modo de organização não tem sua origem no mundo empírico.

Assim sendo, o fenômeno é o conhecimento da realidade objetiva é o resultado do encontro entre as formas puras a priori residentes no sujeito e o material fornecido pelo mundo objetivo empírico.

O espaço, segundo Kant, não é um objeto externo a nós e percebido por nossos sentidos. Não podemos ver o espaço, tocar o espaço. Sendo uma das formas puras a priori, o espaço antecede o mundo empírico, sensível e é responsável pela organização dos objetos empíricos.

O que nós vemos são objetos já organizados pelo espaço. As condições formais puras a priori para o conhecimento dos objetos não estão fora de nós no mundo dos objetos, mas, ao contrário, estão no sujeito.

Kant chama o sujeito de sujeito transcendental, por não ser um sujeito do mundo empírico, um sujeito biológico ou um sujeito psicológico, ele transcende as dimensões do mundo físico, biológico e emocional. Situado no plano lógico-mental, no entanto, ele organiza, mediante as formas puras a priori, os objetos do mundo empírico.

O sujeito transcendental é possuidor de faculdades e formas de ação sobre os objetos da experiência empírica. Elas são a sensibilidade, o entendimento e a razão. A sensibilidade é uma faculdade não-empírica direcionada para captar diretamente e sem intermediários os objetos empíricos: tempo e espaço são as formas puras a priori da sensibilidade.

Assim sendo, os objetos empíricos são apreendidos pela sensibilidade e pensados pelo entendimento, como também a razão, tem por tarefa pensar os objetos.

Diferentemente do entendimento, contudo, a razão pensa objetos que nunca são apreendidos pela sensibilidade. A razão pensa objetos tais como alma, Deus e o mundo na sua totalidade. Como esses objetos não podem ser apreendidos pelo espaço e tempo, eles podem ser pensados pela razão, mas não podem ser conhecidos pela razão. Portanto, existem objetos que podem ser pensados, mas não podem ser conhecidos.

Bons estudos!


DAIMARQUESPTC: ALTERNATIVA CORRETA 3
DAIMARQUESPTC: pag 159 do livrio, diz que :'' Os fenômenos e suas relações, que se situam no espaço e no tempo, SÃO TUDO O QUE PODEMOS CONHECER. ''
gragrazizinha: correto !
glauciabracho: correto
altairschaustzpaydze: Alternativas
Alternativa 1:
Tudo o que podemos conhecer, se situa no espaço e no tempo. resposta corrigida pela banca
Respondido por maiconsantos20010000
0

Resposta:

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elamambretti

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Sobre Kant e o conhecimento:

Alternativa 1: Tudo o que podemos conhecer, se situa no espaço e no tempo.

Segundo Kant, o sujeito cognoscente possui certos elementos que antecedem a experiência e, ao mesmo tempo, organizam e ordenam essa mesma experiência.

O termo usado por Kant é o de forma pura a priori. Forma, porque o sujeito fornece apenas um modo de organização de uma matéria proveniente de fora do sujeito, do mundo da experiência empírica objetiva. É pura a priori, porque esse modo de organização não tem sua origem no mundo empírico.

Assim sendo, o fenômeno é o conhecimento da realidade objetiva é o resultado do encontro entre as formas puras a priori residentes no sujeito e o material fornecido pelo mundo objetivo empírico.

O espaço, segundo Kant, não é um objeto externo a nós e percebido por nossos sentidos. Não podemos ver o espaço, tocar o espaço. Sendo uma das formas puras a priori, o espaço antecede o mundo empírico, sensível e é responsável pela organização dos objetos empíricos.

O que nós vemos são objetos já organizados pelo espaço. As condições formais puras a priori para o conhecimento dos objetos não estão fora de nós no mundo dos objetos, mas, ao contrário, estão no sujeito.

Kant chama o sujeito de sujeito transcendental, por não ser um sujeito do mundo empírico, um sujeito biológico ou um sujeito psicológico, ele transcende as dimensões do mundo físico, biológico e emocional. Situado no plano lógico-mental, no entanto, ele organiza, mediante as formas puras a priori, os objetos do mundo empírico.

O sujeito transcendental é possuidor de faculdades e formas de ação sobre os objetos da experiência empírica. Elas são a sensibilidade, o entendimento e a razão. A sensibilidade é uma faculdade não-empírica direcionada para captar diretamente e sem intermediários os objetos empíricos: tempo e espaço são as formas puras a priori da sensibilidade.

Assim sendo, os objetos empíricos são apreendidos pela sensibilidade e pensados pelo entendimento, como também a razão, tem por tarefa pensar os objetos.

Diferentemente do entendimento, contudo, a razão pensa objetos que nunca são apreendidos pela sensibilidade. A razão pensa objetos tais como alma, Deus e o mundo na sua totalidade. Como esses objetos não podem ser apreendidos pelo espaço e tempo, eles podem ser pensados pela razão, mas não podem ser conhecidos pela razão. Portanto, existem objetos que podem ser pensados, mas não podem ser conhecidos.

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