a religião pode me ajudar a entender o sentido da vida humana na terra e melhorar a relação entre as pessoas ?
Soluções para a tarefa
Depende apenas de você. A religião pode ser tanto uma arma quanto uma cura.
A religião pode me ajudar a entender o sentido da vida humana na terra e melhorar a relação entre as pessoas.
Religião (do latim religione) se prende ao verbo religare, que significa ação de ligar. Em suma, a religião é aquilo que te liga ao divino ou manifesta sua dependência em relação a seres sobrenaturais.
Para os antigos, a religião é a reatuaização e a ritualização do mito. É através do rito religioso que o homem se incorpora ao mito e beneficia-se de suas forças.
E o que é o mito?
Mito é o relato de um acontecimento ocorrido no tempo primordial, segundo Junito de Souza Brandão. Em suma, é narrativa de uma criação. Algumas de suas características são:
- ser sentido e vivido antes de ser inteligido e formulado
- circunscreve o acontecimento primordial no coração do homem antes de fixar-se como narrativa.
- não pode ser lógico: é ilógico e irracional
- é aberto a todas as interpretações
Decifrar o mito é decifrar-se. Nas palavras de Goethe, os mitos são as relações permanentes da vida.
Quando a religião reatualiza o mito por meio de seus rituais, ela permite ao homem penetrar no segredo da origem das coisas. E conhecer a origem das coisas é como adquirir um certo poder que delas jorra. É dessa forma que o rito religioso, frisando o mito:
- aponta o caminho
- oferece um modelo exemplar ("tudo que não possui um modelo exemplar é vazio de sentido, isto é, carece de realidade", diz Mircea Eliade)
- coloca o homem na contemporaneidade do sagrado
Para responder a pergunta: sim, a religião - falando dela do modo mais genérico possível - pode ajudar quem quer que seja a entender o sentido da vida humana na terra e a relação entre os próprios humanos.
Ela requer, contudo, uma outra lente, um outro tipo de olhar, menos cientificista, mecanicista e matemático (há quem chame tal olhar religioso, mítico e ritualístico de "loucura", mas também há quem, como Chesterton, considera que loucura não é perder a razão, e sim perder tudo, menos a razão).
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