Artes, perguntado por ms5908620, 9 meses atrás

a Religião pode influência a política ? de que forma?​

Soluções para a tarefa

Respondido por geovana3156
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Resposta:

A influência das religiões nos processos políticos

A visão de que a vida de Jesus não teve expressão política serve apenas a discursos que pretendem uma fé desencarnada, que Deus só se importa com o interior do humano.

É tarefa teológica sempre lembrar de que toda teologia é política.

É tarefa teológica sempre lembrar de que toda teologia é política. (Jonathan Simcoe/ Unsplash)

Por Fabrício Veliq*

As religiões sempre exerceram enorme influência na forma que as pessoas pensam o mundo e interagem com ele. Isso não é uma característica somente da atualidade, embora muitas pessoas pensem que seja. Se tomarmos as civilizações antigas, perceberemos que os aspectos religiosos sempre estiveram presentes e foram, não poucas vezes, usados para impelir à guerra, levantar e abater reis e rainhas.

O aspecto religioso sempre fez parte da vida das sociedades sobre as quais temos informações. Todas elas, em algum momento, definiram para si um escopo religioso e a partir dele, em muitos casos, definiram-se leis e a forma de viver de determinada comunidade.

Se tomarmos, por exemplo, o Antigo Testamento, é possível perceber que toda a comunidade judaica teve suas leis e suas formas de conduta ancoradas em um regime religioso. Javé, Deus de Israel, entregou a sua lei para o bem viver da comunidade, tendo também o aspecto religioso presente na forma como os sacerdotes tinham que oferecer seus sacrifícios para agradá-lo e fazer com que seu perdão e suas bênçãos viessem sobre seu povo.

Com o passar do tempo, porém, fruto dos diversos convívios que a comunidade de Israel foi tendo com as culturas em seu entorno, a forma de ver a exigência do sacrifício, bem como a forma da regulação de uma lei que não estava ancorada somente em seus aspectos religiosos foi se fazendo presente e sendo construída no meio da comunidade judaica, assim como em diversas comunidades antigas.

A questão de uma lei que não seja ancorada na questão religiosa começou a se fazer presente no Ocidente somente, pelo menos de maneira sistemática e mais consolidada, com o advento dos diversos movimentos republicanos e de humanismo cívico iniciado por Petrarca, por volta do século 14, movimento que pensava o humano como centro das repúblicas nascentes e o regime das leis como aquele que era marca característica de uma sociedade que se dizia livre.

Em tempos atuais, pode parecer que seja bastante conhecida a grande influência que os meios religiosos possuem na definição das agendas políticas, contudo, fruto de um movimento que visa fazer uma separação tácita entre aspecto religioso e aspecto político, essa influência passa despercebida por muitas pessoas, sendo até querida por parte daqueles e daquelas que exercem o poder na sociedade hodierna.

Como dissemos no início desse artigo, a influência religiosa sempre se fez presente nos aspectos políticos da sociedade. Até mesmo nos chamados movimentos humanistas e, posteriormente, nos estados que se laicizaram essa influência se fez e ainda se faz presente, definindo agendas políticas e ênfases nas pautas que são trazidas à sociedade.

Diante disso, a desvinculação entre teologia e política não deve ser vista como benéfica para a sociedade, antes como algo extremamente temerário. A separação que afirma que Jesus não se implicou politicamente, ou que o Deus da Bíblia não se preocupa com as questões políticas, mas somente com o interior do humano, com a salvação da alma e com a vida na glória, é extremamente perniciosa para a sociedade e tem como consequência um cristianismo desencarnado, que não se atenta às mazelas do mundo vivido e, consequentemente, não luta pela sua transformação.

Em outras palavras, essa separação somente é útil aos detentores e às detentoras do poder nas sociedades atuais que querem que seus fieis somente se preocupem em estar com alma limpa diante de Deus, porque a “nossa pátria não é desse mundo”. Ao fazerem isso, esses líderes geram pessoas apáticas para os problemas sociais, mas extremamente fervorosas para pautas conservadoras e enviesadas por leituras fundamentalistas e literais do texto bíblico. Isso, por sua vez, traz retrocessos enormes nas políticas públicas e nas questões de combate às desigualdades sociais, como hoje se vê em diversos lugares nos quais o fundamentalismo religioso se faz presente.

Assim, é tarefa teológica sempre lembrar de que toda teologia é política e precisa ser feita com os pés no chão, olhando para as realidades do mundo, buscando dar respostas teológicas ao invés de dogmáticas para as pessoas que sofrem na atualidade.

Respondido por Abc12345678008
2

Resposta:

Sim

Explicação:

Desde as civilizações antigas as as religiões sempre exerceram enorme influência na forma que as pessoas pensam o mundo e interagem com ele. Como exemplo temos o fato de os reis, sempre antes de iniciar ou acabar uma guerra pedia os concelhos de religiosos e muitos deles foram, não poucas vezes, usados para impelir à guerra, levantar e abater reis e rainhas.

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