a religião dos hebreus era monoteísta e as religiões de povos antigos, como os mesopotâmios e os egípcios, eram politeístas.
Soluções para a tarefa
Alguns autores como Karen Armstrong acreditam que o conceito de monoteísmo obteve um desenvolvimento gradual das noções de henoteísmo (adorar um deus único, aceitando a existência, ou possível existência, de outras divindades) e monolatria (o reconhecimento da existência de muitos deuses, mas com a adoração consistente de uma única divindade). No entanto, a incidência histórica do monoteísmo é tão rara, que é difícil apoiar qualquer teoria da evolução natural das religiões do politeísmo ao henoteísmo e monoteísmo.
Até onde historicamente se sabe, o primeiro caso de monoteísmo, reconhecido como tal pelos historiadores, foi o culto do faraó Amenhotep IV ou Akhenaton ao deus Aton. "Aton vivo, não há outro exceto ele!", disse o faraó. No quinto ano de seu reinado, a revolução monoteísta de Akhenaton se transformou em repressão religiosa em grande escala, num esforço sem paralelo para impor sua visão monoteísta sobre todo o império. A adoração de qualquer outro deus que não fosse Aton foi declarada ilegal no Egito. Todos os templos, exceto os do Disco Solar, foram fechados e seus sacerdócios dissolvidos. Uma força militar marchou de templo em templo, de cidade em cidade, esmagando os Ídolos de outros deuses, quebrando suas imagens nos monumentos públicos, apagando seus nomes de documentos antigos. Isso foi uma espécie de pogrom contra os deuses do Egito. Foi violento, destrutivo, implacável e, no final, malsucedido. Depois da morte de Akhenaton, o monoteísmo foi rotulado de heresia, sacrilégio forçado entre um povo que não o desejava. Seu filho Tutankhaton restaurou a antiga ordem religiosa. A maioria das estátuas de Akhenaton foi destruída ou enterrada no deserto. A primeira tentativa de monoteísmo da história foi enterrada nas areias do Egito e esquecida. Akhenaton na forma de uma esfinge adorando a Aton. Cartucho esquerdo com os nomes de Aton e Akhenaton.
Por volta do ano 1100 a.C, o monoteísmo novamente aparece no Irã. No zoroastrismo, Aúra-Masda aparece como uma divindade suprema e transcendental. Zaratustra completou seu sistema monoteísta com uma cosmologia dualista. O Bem contra o Mal. Dualismo que, posteriormente, influenciaria outras religiões, entre elas, o Cristianismo.[9]
No Antigo Oriente, cada cidade tinha uma divindade padroeira local, tais como Chamache em Larsa ou Nana em Ur. As primeiras alegações da supremacia global de um deus específico data da Idade do Bronze, com o Grande Hino a Aton de Aquenáton (Sigmund Freud, em Moisés e o Monoteísmo, especula que esteja ligado ao judaísmo).
Correntes do monismo e monoteísmo surgiram na Índia védica mais cedo. O Rig Veda apresenta noções de monismo, em particular no décimo livro, também datado da Idade do Ferro, na Nasadiya sukta. O monoteísmo filosófico e o conceito associado de bem e mal absolutos emergiram no Zoroastrismo e judaísmo, mais tarde culminando nas doutrinas da cristologia no cristianismo primitivo e mais tarde (por volta do século VII) na tawhid do Islã. Na teologia islâmica, uma pessoa que espontaneamente "descobre" o monoteísmo é chamado de hanif, sendo que o Hanif original foi Abraão. O antropólogo e padre austríaco Wilhelm Schmidt, em 1910, postulou a teoria do Urmonotheismus, "monoteísmo primitivo" ou "original", onde a humanidade primitiva teria sido originalmente monoteísta. O missionário e escritor Don Richardson o apoiou e, a partir da ideia de Schimidt, desenvolveu uma nova ideia, que afirmava que todas as religiões tribais originais apresentam (ou apresentavam) noções de um Deus único há muito esquecido e substituído por ídolos (politeísmo), que correspondia às afirmações bíblicas de que Deus "permitiu que todas as nações andassem segundo seus próprios caminhos. No entanto, Deus não ficou sem dar testemunho sobre sua própria pessoa" (Atos 14.17), e, portanto, as divindades supremas de cada povo seriam, na verdade, um único deus (apresentado na Bíblia) e que se reconciliaria com eles por meio de Jesus Cristo. Ele apresentou esta ideia em seu livro Fator Melquisedeque.