A Regencia de Araujo Lima doi marcada pelo fortalecimento do poder central.explique o que foi o Regresso,defendido pelo governo
Camily031217:
alguém poderia me ajudar rápido...
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A regência de Araújo Lima (1837-1840). Com a escolha de Araújo Lima como regente interino, um novo gabinete foi formado, com membros saídos da facção majoritária do Parlamento. Como a facção majoritária era de regressistas, Araújo Lima inverteu a tendência progressista representada por Feijó. O novo gabinete foi designado como Ministério das Capacidades, pelos próprios regressistas, e trazia uma grande surpresa: a presença de Bernardo Pereira de Vasconcelos, que até então era considerado um dos principais líderes moderados.
Vasconcelos havia sido, nos últimos anos do Primeiro Reinado, um dos mais respeitados chefes da oposição liberal a D. Pedro I. E foi esse o motivo por que foi intensamente criticado ao aceitar e assumir o ministério como membro da equipe regressista. Mas ele próprio se encarregou de defender-se das acusações, com palavras exemplares e esclarecedoras: “Fui liberal; então a liberdade era nova no país, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis; o poder era tudo: fui liberal. Hoje, porém, é diverso o aspecto da sociedade: os princípios democráticos tudo ganharam, e muito comprometeram; a sociedade, que então corria risco pelo poder, corre risco pela desorganização e pela anarquia. Como então quis, quero hoje serví-la, quero salvá-la; por isso sou regressista. Não sou trânsfuga, não abandonei a causa que defendo, no dia de seus perigos, de sua fraqueza; deixo-a no dia em que tão seguro é o seu triunfo que até o excesso a compromete. Quem sabe se, como hoje defendo o país contra a desorganização, depois de havê-lo defendido contra o despotismo e as comissões militares, não terei algum dia de dar outra vez a minha voz ao apoio e à defesa da liberdade?... Os perigos da sociedade variam; o vento das tempestades nem sempre é o mesmo; como há de o político, cego e imutável, servir a seu país?”.
Em outro discurso, ele foi ainda mais claro: “(...) eu quis parar o carro revolucionário, atirei-me diante dele; sofri, e tenho sofrido, porque quem se atira diante do carro revolucionário de ordinário sempre sofre...”
Assim, nos dias turbulentos da Regência, Vasconcelos sintetizou o ponto de vista regressista. Para a elite política dominante, o liberalismo resumia-se ã luta contra o "despotismo" de D. Pedro I. Uma vez vencido esse obstáculo, era preciso "parar o carro revolucionário", evitando a todo custo a democracia, que então era identificada à anarquia.
Nas eleições de 1836, as graves agitações em vários pontos do Brasil contribuíram para a eleição de uma maioria de regressistas para a Câmara dos Deputados. Essa tendência conservadora, contra-revolucionária e antidemocrática começava a se firmar no país.
Em 1838, nas eleições para a escolha do novo regente, foi eleito o próprio Araújo Lima.
A harmonia entre Legislativo e Executivo, ambos agora regressistas, favoreceu a coesão da aristocracia r. rural, que pôde, então, enfrentar com firmeza as várias rebeliões que incendiavam o país
Vasconcelos havia sido, nos últimos anos do Primeiro Reinado, um dos mais respeitados chefes da oposição liberal a D. Pedro I. E foi esse o motivo por que foi intensamente criticado ao aceitar e assumir o ministério como membro da equipe regressista. Mas ele próprio se encarregou de defender-se das acusações, com palavras exemplares e esclarecedoras: “Fui liberal; então a liberdade era nova no país, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis; o poder era tudo: fui liberal. Hoje, porém, é diverso o aspecto da sociedade: os princípios democráticos tudo ganharam, e muito comprometeram; a sociedade, que então corria risco pelo poder, corre risco pela desorganização e pela anarquia. Como então quis, quero hoje serví-la, quero salvá-la; por isso sou regressista. Não sou trânsfuga, não abandonei a causa que defendo, no dia de seus perigos, de sua fraqueza; deixo-a no dia em que tão seguro é o seu triunfo que até o excesso a compromete. Quem sabe se, como hoje defendo o país contra a desorganização, depois de havê-lo defendido contra o despotismo e as comissões militares, não terei algum dia de dar outra vez a minha voz ao apoio e à defesa da liberdade?... Os perigos da sociedade variam; o vento das tempestades nem sempre é o mesmo; como há de o político, cego e imutável, servir a seu país?”.
Em outro discurso, ele foi ainda mais claro: “(...) eu quis parar o carro revolucionário, atirei-me diante dele; sofri, e tenho sofrido, porque quem se atira diante do carro revolucionário de ordinário sempre sofre...”
Assim, nos dias turbulentos da Regência, Vasconcelos sintetizou o ponto de vista regressista. Para a elite política dominante, o liberalismo resumia-se ã luta contra o "despotismo" de D. Pedro I. Uma vez vencido esse obstáculo, era preciso "parar o carro revolucionário", evitando a todo custo a democracia, que então era identificada à anarquia.
Nas eleições de 1836, as graves agitações em vários pontos do Brasil contribuíram para a eleição de uma maioria de regressistas para a Câmara dos Deputados. Essa tendência conservadora, contra-revolucionária e antidemocrática começava a se firmar no país.
Em 1838, nas eleições para a escolha do novo regente, foi eleito o próprio Araújo Lima.
A harmonia entre Legislativo e Executivo, ambos agora regressistas, favoreceu a coesão da aristocracia r. rural, que pôde, então, enfrentar com firmeza as várias rebeliões que incendiavam o país
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