A recusa de Perrault em assinar a primeira edição do livro é sintomática do destino do gênero que inaugura: desde o aparecimento, ele terá dificuldades de legitimação. Para um membro da Academia Francesa, escrever uma obra popular representa fazer uma concessão a que ele não podia se permitir. Porém, como ocorrerá depois a tantos outros escritores, da dedicação à literatura infantil advirão prêmios recompensadores: prestígio comercial, renome e lugar na história literária. (LAJOLO e ZILBERMAN, 2010, p. 15 - 16).
A partir da citação, é possível inferir que:
A- Não havia prêmios para autores que optassem por escrever para crianças e jovens.
B- Escrever para crianças não dava dinheiro para os autores.
C- A literatura infantojuvenil era mais trabalhosa que a literatura para adultos.
D- Escrever para crianças e jovens tornava o autor marginalizado entre seus pares e, por isso, não podiam integrar a Academia Francesa.
E- Perralt, assim como outros autores, receava perder seu prestígio ao se dedicar à literatura infantojuvenil.
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É correta a alternativa E.
A principal ideia do fragmento é que escrever para crianças (ou escrever obras de cunho popular) era evitado pelos autores do período por temerem perderem, perante a alta sociedade e os seus colegas letrados, prestígio social.
A prática, antes vista como indigna de grandes literatos, foi, com o tempo, ganhando espaço, e hoje a literatura infantojuvenil é não só vista com admiração (principalmente pela sociedade) como traz para os seus autores recompensas financeiras.
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