A realidade brasileiraNo Brasil, como em outros países, estudos sobre osidosos também têm sido realizados, analisando jornais erevistas, entre outras mídias, e com enfoques mais qualitativosdo que quantitativos.Em estudo recente, Solange Maria de Vasconcelos lançaalgumas luzes sobre a questão, através de uma abordagemsemiológica. Após trabalhar conceitos e caracterizações davelhice, a autora fez sobre os mitos que a sociedadetem construído e perpetuado a respeito do "velho", buscandoos sinais destes mitos na análise do discurso publicitário dasrevistas Cláudia e Veja, desde a década de 1960 até a viradado milênio.Esse estudo constatou que as propagandas utilizandoidosos, ou a eles dirigida, sempre foram muito poucas emrelação ao total, oscilando entre 0,24% e 4,83%, dependendodo período e do veículo analisado. Por outro lado, o estudoda simbologia dos anúncios publicitários "ahipótese de que no início da década o Brasil tratava o "velho"com indiferença e só com a descoberta de um mercadode consumo ligado a este gênero é que o mesmo ganhouimportância social".Nas décadas de 1920 e 1930, os idosos, quandoapareciam em anúncios, eram sempre ligados a produtosfarmacêuticos, o que começou a mudar, principalmente apartir das décadas de 1950 e 1960, e mesmo 1970. Nestesperíodos, os idosos já eram mostrados no meio de suasfamílias, em anúncios de higiene pessoal, cosméticos,roupas, alimentos, e mesmo de instituições massempre como não como personagens principais,no máximo exercendo os seus papéis tradicionais de avós.Nas décadas de 1980 e 1990, já se pôde perceberuma mudança substancial, pois os idosos começarama ser conclamados a adquirir valores mais modernos,como participação social, segurança, autoestima, tudoisso através da compra dos novos e revolucionárioseletrodomésticos e eletroeletrônicos, assim como automóveise serviços bancários. Essa tendência a encarar os idososcomo consumidores potenciais foi mantida na virada domilênio, quando eles continuaram a ser conclamados acomprar automóveis, aparelhos de telecomunicações e decomputação, entre outros.Disponível em: :.consciencia.br/reportagens/envelhecimento/texto/env09.htmA leitura do texto acima permite que se chegue à conclusãoa alteração do enfoque dos idosos na propaganda deve--se à percepção de que eles poderiam ser mais bemacionados como consumidoreso razão para maior visibilidade dos idosos, poucoimportou o tipo de produto que passaram a consumir aolongo do tempo.hoje preponderam, no universo da propaganda, peçaspublicitárias destinadas a pessoas mais velhas.manteve-se, ao longo do tempo, no âmbito do sistemapublicitário de comunicação, o tratamento dispensadoaos idosos como consumidores.perpetuam-se, no presente, as visões preconceituosasdo passado, que atribuíam pouca importância aosegmento dos mais velhos.
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O texto acima apresenta a mudança acerca da forma com que os idosos são visualizados na atualidade. Nota-se que os mesmos passaram por um processo de transição, e por isso, não são mais vistos como anteriormente.
O texto evidencia que a figura do idoso era utilizado para fazer relação com medicamentos, indicando portanto que esse indivíduo mais velho era dotado de enfermidades. Na atualidade entretanto, sabe-se que o idoso está relacionado em publicidades com superação, saúde, além de bem estar.
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