A questão nacional na América Latina e os problemas de identidade nacional, das origens da nação e da nacionalidade são temas consagrados há muito pelos intelectuais e pelos historiadores latino-americanos. A busca do caráter nacional e das origens da nação está evidentemente relacionada às dificuldades de construção de ordenamentos políticos estáveis na região. A isso, somou-se o fato de constituir-se um contingente populacional “transplantado”, com origens variadas, conforme o país. Também, por muito tempo, as elites latino-americanas consideraram uma “fatalidade” o nascimento extraeuropeu e desprezavam as características particulares de cada país e sua população. Nação, nacionalismo e nacionalidade. Essas três palavras compõem um importante léxico político de qualquer país, e não seria diferente na América Latina. Entretanto, quando olhamos atentamente esse ‘jogo’ de palavras e seus significados, é impossível não olhar para o passado e, num movimento muito comum, apontar para as questões do presente. Dessa maneira, também é difícil dissociar cultura e política. Assim, é correto afirmar que: Escolha uma: a. o nacionalismo latino-americano seria, numa rápida avaliação, uma versão deformada e incompleta do nacionalismo europeu, pois os países latino-americanos possuiriam, sob essa ótica, um passado imperfeito, ou na melhor das hipóteses, incompleto. Essa imperfeição ou incompletude somente seria superada com uma profunda transformação em todas as estruturas sociais, políticas e econômicas. b. o fundamento do discurso nacionalista latino-americano encontrava-se na utilização acrítica de diferentes influências intelectuais. O liberalismo forneceria as bases políticas e econômicas para a constituição de uma sociedade que, mesmo marcada pela desigualdade, essa abriria a possibilidade de ascensão mediante a renúncia, principalmente por parte daqueles pertencentes aos povos autóctones, de seus elementos culturais para a plena inserção social. c. o discurso nacionalista latino-americano esbarrava na realidade sobre o próprio passado, componente indispensável para a construção de uma identidade nacional. Porém, dois obstáculos se interpunham nesse caminho, o passado colonial, as próprias elites que conduziram as independências eram herdeiras dos colonizadores, e as populações indígenas, que nos projetos de uma ‘nação moderna’ seriam percebidos como elementos do ‘atraso’. d. as elites latino-americanas elaboraram um discurso nacionalista tendo como modelo o nacionalismo europeu, vigoroso no apelo às tradições e referências ao passado. Na impossibilidade de ‘apagar’ o passado colonial espanhol, essas elites promoveram adaptações discursivas que permitiam eliminar as incoerências e estabelecer uma relação mais estreita com as ideias liberais – elemento modernizador – que circulavam pela região. Um dos principais vetores desse discurso era a democracia. e. a relação das elites latino-americanas com o passado pautava-se pela percepção de que ele era necessário para a elaboração de uma identidade nacional. Isso foi visto com considerável vigor na permanência de diferentes tradições indígenas nas culturas mexicana e argentina, onde as ideologias modernizantes conseguiram, mesmo estabelecendo limites, vínculos entre o presente e o passado e a perspectiva em relação ao futuro.
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