A quem recorremos para resolver nossas dificuldades sexuais?
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Resposta:
A saúde sexual é um estado de completo bem-estar físico, emocional, mental associado à sexualidade e não só à ausência de doença ou enfermidade” (OMS, Organização Mundial de Saúde).
A pessoa pode apresentar alterações ou perturbações no seu ciclo de resposta sexual surgindo as dificuldades ou disfunções sexuais que impedem a vivência de uma vida sexual satisfatória e gratificante.
As causas que podem estar na origem ou contribuir para estas dificuldades, podem ser orgânicas, psicológicas ou mistas. Problemas de saúde físicos e psicológicos, uso de medicamentos, tabagismo, problemas afetivos ou de natureza relacional, falta de experiência sexual e de conhecimento do corpo, traumas sexuais, assim como fatores socio económicos e profissionais, podem refletir-se de forma negativa na resposta sexual.
As disfunções sexuais podem ser desencadeadas por causas orgânicas e, muitas vezes agravadas pela sua repercussão emocional.
Uma disfunção pode ser primária, se coincide com o início da atividade sexual e secundária se foi adquirida ao longo do tempo. Pode ser generalizada, se está presente em qualquer circunstância, ou situacional, se está presente apenas em determinadas circunstâncias.
Uma consulta junto de um terapeuta especializado é uma forma eficaz de desbloquear medos e ansiedades, permitindo a construção de atitudes positivas em relação ao sexo. A educação e informação sobre a resposta sexual humana, são também muito importantes e eficazes na resolução ou diminuição do impacto que algumas dificuldades sexuais têm na pessoa. Em alguns casos, as abordagens terapêuticas poderão incluir a sugestão de determinados exercícios e técnicas específicas.
Neste âmbito, a APF dispõe de consultas de "Sexologia e Aconselhamento Conjugal".
Disfunções sexuais femininas
Desejo sexual hipoativo
Consiste na diminuição ou ausência total de desejo sexual. A mulher não manifesta interesse por atividades sexuais ou eróticas preliminares e não sente desejo de iniciar a atividade sexual, podendo ocorrer o evitamento do contacto físico íntimo.
Alterações hormonais, doenças endocrinológicas, toma de determinados medicamentos ou fatores psicológicos tais como depressão ou perturbações da ansiedade, podem contribuir para a diminuição do desejo sexual.
Aversão sexual
Consiste na aversão do contacto sexual com consequente evitamento de todo ou quase todo o contacto sexual genital.
Atitudes negativas face ao sexo, educação sexual repressiva, historial de violência/abuso, dispareunia, são alguns dos fatores que podem contribuir para esta dificuldade.
Perturbação da excitação sexual
Consiste na dificuldade em adquirir ou manter um estado de excitação sexual adequada até a consumação da atividade sexual, frequentemente expressa pela ausência ou diminuição da lubrificação vaginal.
Alterações endocrinológicas, por exemplo na amamentação e menopausa, podem conduzir a diminuição de lubrificação vaginal, assim como algumas doenças crónicas como a diabetes, doenças da tiróide, toma de determinados medicamentos ou tabagismo.
Fatores psicológicos como ansiedade, stresse e depressão, assim como fatores de ordem relacional como a falta de estimulação adequada do/a parceiro/a e deficiente comunicação, são alguns dos fatores que também podem contribuir para esta dificuldade.
Perturbação do orgasmo
A perturbação do orgasmo consiste na dificuldade ou incapacidade persistente ou recorrente de atingir o orgasmo, após uma fase normal de excitação sexual.
Algumas doenças neurológicas, alterações hormonais, uso de determinados fármacos, álcool e consumo de algumas drogas, a idade (jovem) e atitudes negativas em relação à atividade sexual, são alguns dos fatores que podem influenciar negativamente a fase orgástica.
Dispareunia
Dor persistente na zona genital ou pélvica durante as relações sexuais. Embora a dor seja experimentada com maior frequência durante o coito, também pode ocorrer antes ou após a relação sexual.
Determinados problemas orgânicos como inflamações ginecológicas, fatores relacionais, conflitos psicossexuais, são algumas das causas podem contribuir para que a mulher sinta dor na relação sexual.
Vaginismo
Dificuldade da mulher em tolerar a penetração, devido à contração involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacentes ao terço inferior da vagina.
Podem estar na origem do vaginismo fatores orgânicos ou fatores psicológicos e emocionais que incluem:
Falta de informação e crenças erradas ou negativas sobre a sexualidade (culpa, educação conservadora)
Inexperiência que pode conduzir a medos ou bloqueios e a uma resposta condicionada
Experiências prévias com dor.
Traumas
Disfunções sexuais masculinas
Muitos homens sentem-se ainda muito retraídos na procura de ajuda médica relativamente a problemas de carácter sexual e reprodutivo que possam ter. Mas, quanto mais cedo assumirem que podem precisar de apoio e aconselhamento médico, mais qualidade de vida ganham. É importante partilhar para não so