História, perguntado por gaby6418, 1 ano atrás

a quem pertence a riqueza gerada oikos na grecia antiga

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Respondido por steffany2180
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Antes de continuar a seguir vou explicar rapidamente o que foi que aconteceu para levar as pessoas a abandonarem quase que todas a cidades, e se voltarem para morar no campo.

Como eu havia dito, a cidade de Micenas, acabou construindo um grande domínio na Península Helênica ou Grega.Micenas, se tornou a cidade mais rica e prospera da região, dando grande contribuição ao desenvolvimento cultural, artístico e econômico em sua época. Contudo após 400 anos de hegemonia, aos poucos seu governo fora ruindo, intrigas politicas fragilizaram o governo, e dividiram os exércitos nas mãos de seus generais que buscavam o poder; além disso também houve a invasão dos chamados Povos do Mar, povos que vieram da região da Fenícia, da Ásia menor e de outras ilhas do Mediterrâneo. E por fim teve a invasão do povo Dório, o quais vieram do norte da Grécia se estabelecendo na região do Peloponeso e na parte insular da península. Os dóricos eram retratados na época como sendo um povo particularmente militarizado, voltado para a arte da guerra, tal influencia fora tanta, que o antigo sistema de escrita utilizado pelos gregos, fora abolido. O comércio exterior praticamente desaparecera; as cidades ficaram perigosas, e muitos migraram para o campo; a arte e a arquitetura perderam seu esplendor de outrora; a vida se tornou basicamente ruralizada, e houve uma grande diminuição da população geral. Tais fatores e outros, levaram a Grécia a cair em uma época obscura, como dizem alguns

O oikos consistia na casa do senhor ou em uma propriedade rural. Nesta propriedade, havia uma população local livre, a qual poderia permanecer nas terras sob o comando do senhor do oikos; mas eles eram livres para ir quando quiserem. O senhor, possuía outros súditos que o ajudavam na administração da propriedade: fiscalizando, coletando e cuidando de questões militares (já que nesta época era comum se haver muitos confrontos entre outros oikos). Além deste fato, também nota-se que a mulher nessa época possuía um importante papel na questão social. A esposa do senhor, ou para ser mais exato, a senhora do oikos, era a responsável, por organizar os banquetes e as refeições, por atribuir hospedagem a viajantes que procurassem o senhor. Contudo a função que mais importante que ela exercia, era a de carregar a chave do tesouro; este tesouro na realidade consistiria em um depósito, no qual se armazenaria os alimentos, os tecidos, os presentes ganhos pelo senhor, os metais preciosos, jóias, as armas e outros objetos originados da pilhagem feita nas batalhas. Além deste fato o qual garante um forte destaque e influência para a mulher, também pode se ressaltar, que quando o senhor estava ausente, era a sua esposa que ficava no comando. Em caso do marido morrer, era ela que ficaria no comando até o seu filho mais velho ter idade para assumir. Se ele fosse muito novo, ela teria que escolher um novo marido

Organização econômica: Como já fora citado anteriormente, a economia do oikos era predominantemente rural. Sua fonte de sobrevivência provinha da agricultura e da pecuária. Quanto a tal questão, cada família do oikos tinha uma determinada responsabilidade com o cultivo da terra e com a criação de animais. Além disso, também havia uma pequena produção artesanal interna, e um relativo comércio local. Mas de fato grande parte da riqueza material provinha do saque das pilhagens, e dentre os principais objetos roubados, estavam as armas e objetos feitos de bronze e ferro. Metais estes que ficaram escassos na época por falta de sua exploração, então se tornaram algo valioso. Além disso, alguns historiadores relatam que já havia um pequeno comércio de escravos efetuado na época

Organização social: Quanto a organização social, pode se dizer que havia o senhor do oikos e sua família, havia também outras famílias de posses, principalmente devido a partilha dos ganhos da pilhagem, havia em si a população camponesa, e por fim os escravos. De certo modo as pessoas que viviam no oikos eram tratadas como servos do senhor. Contudo havia uma ligeira diferença entre servo e escravo, mesmo que em alguns momentos tal diferença não fosse clara. Em si todos os habitantes do oikos teriam que prestar serviço para o senhor e desta forma garantiriam sua própria sobrevivência, já que a comida doada para este, as armas e cerâmicas produzidas seriam utilizadas por todos, da forma que o senhor designasse

Um aspecto interessante quanto ao casamento, era o fato de que muitas vezes estes eram realizados no intuito de se estabelecer acordos e laços de lealdade entre os oikos, principalmente devido a motivos militares, em caso de guerra estes oikos poderiam recorrer aos seus aliados. De acordo com a tradição da época o casamento seria feito a partir da escolha de uma hedna , vários pretendentes levavam seus dotes para o pai da mulher com que se pretendia se casar; naturalmente aquele que oferecesse o melhor dote seria o escolhido

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