Português, perguntado por leandrofofin976, 4 meses atrás

a que tipo de anúncio veiculado em jornais atuais correspondem os dois anúncios sobre escravos? o que isso indica quanto ao tratamento que se dava a pessoas escravizadas?​

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Respondido por wellennaiannymourao
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Resposta:

Os anúncios de fuga, venda e aluguel de negros no século 19 são considerados os primórdios dos atuais classificados que se encontram impressos nos jornais que circulam no cotidiano dos brasileiros. Analisando sob o prisma econômico, o negro era considerado uma mercadoria (um bem), da qual seu proprietário fazia o uso que desejasse da sua força de trabalho: a mão-de-obra escrava podia ser vendida ou alugada (escravos de aluguel).

A pesquisa histórica, em jornais de época, consolidou-se a partir do garimpo realizado pelo sociólogo pernambucano Gilberto Freyre (1900-1967). Este, ao realizar um levantamento de anúncios de escravos, nos jornais do século 19 para escrever o seu livro O Escravo nos Anúncios de Jornais Brasileiros do Século XIX (1963), declarou: “(…) mais do que nos livros de história, nos romances, a história do Brasil do séc. 19 está nos jornais”.

Ainda que paradoxal, é o fato de jornais que defendiam um discurso abolicionista, porém, devido a dificuldades de ordem econômica, divulgavam esses anúncios. Em Pelotas (RS), A Discussão (1881), de acordo com o historiador, escritor e militar Souza Docca (1884-1945), foi o jornal pioneiro, no Brasil, ao deixar de publicar anúncios nos quais estivesse presente a figura do escravizado.

Explicação:

Os negros que morriam ou adoeciam, durante o percurso, eram jogados ao mar, denominado pelos escravizados de “calunga grande”.

O negro saudável, em boa condição física, tinha um valor monetário alto e muitos enriqueceram praticando esta intermediação comercial, inclusive, com a participação, muitas vezes, de irmãos de etnia que, depois de comprarem sua liberdade (alforria), ganhavam dinheiro participando do aprisionamento e transporte nos tumbeiros (navios) de escravizados, para serem comercializados, a exemplo também de outros negros que, na condição de “capitães do mato”, perseguiam seus “irmãos de etnia” quando estes fugiam do cativeiro.

Espero ter ajudado vcs...

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