“A princípio achei graça em tudo aquilo. Pensei mesmo que estava sendo vítima de uma brincadeira de mau gosto. Depois, diante da insistência do delegado, comecei a suar frio. Que sabia eu do crime da mala? É bem possível que alguém, parecido comigo, tivesse cometido o crime do qual me acusavam. Há tanta gente parecida no mundo."
Paulo Correia Lopes. Um caso estranho. In: 100 melhores contos de crime e mistério da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002, p. 229.
“Sem nenhum grito de horror, apenas com muito nojo, a faxineira encontrou o Doutor Joaquim curvado sobre a mesa. Morto, evidente.
O Senhor Lemos foi achado à porta do escritório, encolhido como se tivesse sentido muito frio à noite.
Diva estava apoiada no PBX da recepção. (...) O zelador constatou duas coisas antes de chamar a polícia. Era crime.”
Ignácio de Loyola Brandão. Cabeças de segunda-feira. In: 100 melhores contos de crime e mistério da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002, p. 290.
Os elementos que nos levam a classificar os fragmentos acima como partes de narrativas policiais (ou de enigma) são, respectivamente,
A
Investigação de um crime / Vários cadáveres encontrados num escritório
B
Narrador em 1ª pessoa / Narrador em 3ª pessoa
C
Um cadáver na mala / Uma faxineira suspeita de assassinato
D
O narrador é também o detetive / Presença de um detetive: o zelador
Soluções para a tarefa
Resposta:
letra A amg
Explicação:
Resposta:
Alternativa A - Investigação de um crime / Vários cadáveres encontrados num escritório
Explicação:
Resposta correta:
Alternativa A: Em ambos os fragmentos ocorreram crimes. No primeiro, revela-se uma investigação sobre um crime que já teria ocorrido (característica da maioria das histórias policiais). No segundo, o leitor é colocado diante da cena de um crime, cuja autoria e motivação são misteriosas (outra característica marcante da narrativa policial).
Incorretas:
B — A mera escolha do narrador não permite classificar uma narrativa, já que tanto o narrador em 1ª pessoa como o narrador em 3ª são encontrados em diferentes gêneros textuais e em inúmeros textos de um mesmo gênero.
C — Apesar do elemento comum no 1º fragmento, o 2º não nos dá elementos para concluir que a faxineira citada seja suspeita do assassinato.
D — O fragmento 1 não nos fornece elementos para concluir que o narrador seja também um detetive. No fragmento 2, não há detetive, muito menos evidências de que o zelador citado o seja.