A primeira reação do rapaz, ao ouvir a pergunta do transeunte, foi de:
BANCO DE RUA (Fernando Sabino) Mais caído sobre o banco do que propriamente sentado, o rapaz tem o braço apoiado no encosto e o rosto escondido no braço. Não de se espantar que alguém às três horas da tarde de uma segunda-feira sem ter o que fazer e para onde ir, cansado multidão, se deixe ficar por algum tempo exposto ao sol da Praça Marechal Floriano? andar sem rumo no meio da Mas alguma coisa nele me chamou atenção. Venho voltando como quem nada quer e passo por ele devagar para observá-lo melhor. Não tem dúvida: está chorando. É espantoso, pois os que têm no banco de rua seu último refúgio, em geral, não se dão mais o direito de chorar. E as roupas pobres, o aspecto descuidado, em tudo o rapaz se confundiria com outros vencidos que se encontram por aqui. Sento-me ao seu lado, como que casualmente, tento puxar conversa. Sentindo alguma coisa, companheiro? Ele continua imóvel, sem mostrar o rosto. Mas posso ver que mal se contém e sua cabeça estremece, de leve, sacudida de soluços. Se eu puder fazer alguma coisa... Espero um pouco e me disponho a ir embora, já que ele se recusa a tomar conhecimento de minha presença. Um outro passante me olha desconfiadoe eu me sinto ridículo no meu improvisado papel de bom samaritano. Não tem sentido ficar consolando marmanjo num banco de praça, ainda mais um desconhecido, só porque ele está chorando- eiso caminho seguro de me meterem alguma trapalhada. Enfim o rapaz ergue o rosto e me olha, desconfiado. Tem seu olhar castigado pelo medo e pela decepção. - Então? Que é que há com você, meu filho? tento ainda desajeitado. - Nada não- e ele procura enxugar disfarçadamente os olhos vermelhos: cochilando um pouco. Me deu uma moleza .. Finge que se espreguiça: - Toda tarde a essa hora fico assim. Eu estava esperando um camarada ai, vamos fazer um serviço juntos. Não está esperando ninguém e é evidente que não tem serviço nenhum a fazer. Você estava chorando - insisto. Ele tenta sorrir, sem jeito, e explica mais uma vez, enquanto se ergue para ir embora. - Toda tarde a esta hora fico assim ..
A) atenção
B) indiferença
C) aceitação
D) repulsa
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Respondido por
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Resposta:
atençao
Explicação:
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