À primeira fase da história do socialismo geralmente designa-se pelo temo socialismo utópico, em oposição a uma fase posterior, designada por socialismo científico. Esta primeira fase corresponde aos trabalhos de vários autores, identificados com as criticas e movimentos operários do período entre as guerras napoleônicas e as revoluções liberais das décadas de 1830/40. Atacavam principalmente a grande propriedade, a economia industrial – que despontava por toda Grã-Bretanha e algumas localidades da Europa continental – e a crescente desigualdade socioeconômica; defendiam novos acordos entre as classes, ações distributivas (igualitarismo) e modelos idealizados de organização social (daí o epíteto de utópico). O Conde de Saint-Simont (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Robert Owen (1771-1859) foram nomes ligados ao socialismo utópico. Além deles, podemos fazer menção à tradição do socialismo libertário ou anarquismo, com nomes como Piotr Kropotkin, Eliseè Reclus, Mikhail Bakunin, Enrico Malatesta, Emma Goldman, entre outros.
Escolha 2 destes utores e escreva um REDAÇÃO com suas próprias palavras, explicando suas vidas e obras. Lembre-se de destacar suas principais ideias e importância do autor nos dias de hoje.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1-François Marie Charles Fourier, representante do socialismo utópico na França
Filósofo e economista político francês nascido em Besançon François Marie Charles Fourier ( 7 de Abril de 1772 – Paris 10 de Outubro de 1837) foi um socialista francês da primeira parte do século 19, um dos pais do cooperativismo. Foi também um crítico do economicismo e do capitalismo de sua época, e adversário da industrialização, da civilização urbana, do liberalismo.O caráter jovem com que Fourier realizou algumas de suas críticas fez dele um dos grandes modelo homem de todos os tempos. Propôs a criação de unidades de produção e consumo - as falanges ou falanstérios - baseadas em uma forma de cooperativismo integral e autossuficiente, assim como na livre perseguição do que chamava paixões individuais e seu desenvolvimento, o que constituiria um estado que chamava harmonia. Neste sentido antecipa a linhagem do socialismo libertário dentro do movimento socialista, mas também em linhas críticas da moral burguesa e cristã, restritiva do desejo e do prazer - neste sentido, sendo também em um dos precursores da psicanálise
Em 1808 Fourier já argumentava abertamente em favor da igualdade de gênero entre homens e mulheres, apesar da palavra feminismo só ter surgido em 1837.
Defendia suas ideias, influenciadas pelo idealismo de Rousseau. Propunha que a sociedade se organizasse em comunidades chamadas falanstérios, espécie de edifícios-cidades onde as pessoas trabalhassem apenas no que quisessem. Defendia, assim, o fim da dicotomia entre trabalho e prazer
2-ESCRITOS REVOLUCIONÁRIOS - Errico Malatesta - (1853 - 1932)
Errico Malatesta, (1853-1932) Nasceu perto de uma cidade no interior da Itália, de uma família de classe média. Rebelde indomável com 60 anos de carreira como uma pessoa revolucionário da social, foi também grande escritor.Ele foi preso pela primeira vez aos 14 anos por escrever uma carta “insolente e ameaçadora” ao Rei Victor Emmanuel II da Itália reclamando de injustiças sociais,ele desde pequeno foi um grande militante a favor da igualdade social .
Errico Malatesta ,sempre atual, demonstra lucidez,capacidade de prever o futuro e ceticismo quanto aos governos. Seus escritos se distinguiam pela visão aguçada da política e do comportamento humano, pelo uso do senso comum e uma profunda decência moral e amor pela humanidade. Como todo anarquista, seu maior alvo é o governo de qualquer ideologia
Ele rejeita quem critica o Anarquismo como sendo utópico e distante: Anarquia tem seu ponto de partida na igualdade de condições, o seu farol é a solidariedade e a liberdade é o seu método. Não é a perfeição ou ideal absoluto, como um horizonte que se afasta quando nos aproximamos, mas é o caminho aberto para todo o progresso, para o bem de todos. ” Anarquia não virá senão de grão em grão – devagar, crescendo em intensidade e extensão”. A questão não é se vamos conseguir o Anarquismo hoje, amanhã ou em dez séculos, mas que caminhemos para o anarquismo hoje, amanhã e sempre.
Explicação: