a prevenção contra caxumba pode ser feito através de administração da tríplice viral
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A profilaxia contra sarampo (measles), caxumba (mumps) e rubéola (rubella) pode ser feita com a MMR (SRC ou "tríplice viral"). Trata-se de uma suspensão de vírus vivos atenuados e veiculados em um meio estéril, destinada à aplicação por via intramuscular ou subcutânea. A administração simultânea destes componentes é tão eficaz (>95%) quanto o uso de cada vacina isolada ("monovalente"), com a vantagem de reduzir o número de aplicações. A vacina que foi utilizada na campanha de 2001-2002, que teve como população alvo mulheres entre 15 e 29 anos, foi a "dupla viral" (sarampo e rubéola). As contra-indicações e os efeitos colaterais da "dupla viral" são semelhantes aos da MMR.
A MMR deve ser administrada preferencialmente após o primeiro ano de vida, no intuito de minimizar uma possível interferência na resposta ao estímulo vacinal do sarampo por anticorpos maternos, adquiridos passivamente pela criança durante a gestação. No Calendário Básico de Vacinação atual está prevista a aplicação da MMR para crianças em duas doses, a primeira aos doze meses e a segunda entre 4 e 6 anos. A vacina também está disponível nos Centros Municipais de Saúde para adolescentes e adultos (mulheres até 49 anos e homens até 39 anos). Como o vírus vacinal não é transmissível, os contactantes não imunes de pessoas que tenham contra-indicações, inclusive contactantes de gestantes e imunodeficientes, podem e devem ser vacinados contra a rubéola.
A vacinação com a MMR também pode ser utilizada como medida estratégica de bloqueio diante da ameaça de surtos e epidemias, tal como ocorreu em 1997 nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O objetivo é a proteção dos indivíduos sob risco de adquirir a doença, isto é, os que não tiveram sarampo e que não foram vacinados, ou foram possivelmente vacinados de forma inadequada (dose única de vacina para o sarampo antes de um ano de vida ou vacinação feita antes de 1968). A prioridade da vacinação é para contactantes de casos de sarampo e grupos populacionais com alto risco de exposição, como os profissionais de saúde. Em contactantes não imunes, a MMR quando feita até 72 horas depois do contato, pode impedir o desenvolvimento de sarampo, porém não é capaz de evitar a rubéola e nem a caxumba. Entretanto, também os contactantes não imunes de pessoas com rubéola ou com caxumba sempre devem ser vacinados o mais precocemente possível, uma vez que a transmissão pode ainda não ter ocorrido e é prudente evitar a possibilidade de infecções futuras.
Efeitos colaterais
Para evitar a infecção natural pelos vírus do sarampo, rubéola e caxumba, a imunização é claramente importante, eficaz e bastante segura. Os para-efeitos com a MMR são pouco freqüentes e geralmente desprovidos de gravidade, como febre (5-15%) e rash cutâneo (5%), que surgem entre o 5o e o 12o dia após a vacinação. Pode ainda ocorrer artralgia e discreto aumento parotídeo (em razão do componente da caxumba). Os para-efeitos mais graves, como encefalite associada ao componente do sarampo (<1:1000000 de doses) e púrpura (secundária à redução do número de plaquetas) associada ao componente da rubéola, são raríssimos e consideravelmente menos freqüentes que os mesmos agravos decorrentes da infecção natural. As reações graves (anafiláticas) são extremamente raras. O risco de para-efeitos da vacina não aumenta em indivíduos que tiveram a infecção natural ou receberam dose prévia da vacina com vírus atenuado.
Contra-indicações
A MMR, assim como todas as vacinas de vírus atenuado, está contra-indicada durante a gestação e esta deve ser evitada nos 30 dias que sucedem a aplicação. Como regra geral, a vacina não deve ser utilizada em imunodeficientes, exceto em situações especiais em que o risco da doença é consideravelmente superior ao imposto pela vacina (indivíduos infectados pelo HIV em áreas de elevada prevalência de sarampo). No caso de antecedentes de reações alérgicas à vacina ou a qualquer um dos seus componentes (incluindo ovo, neomicina e gelatina), caberá ao médico responsável a avaliação quanto à realização do procedimento. Há contra-indicação em indivíduos com história de reação alérgica grave (anafilaxia) devida a dose anterior da vacina.
É prudente adiar a vacinação em indivíduos com febre, até que esta desapareça. Deve-se também adiar a vacinação em pessoas que fizeram uso de sangue ou derivados nos meses anteriores (possível inativação da vacina). Nos indivíduos com história de convulsão deve-se utilizar antitérmicos entre o 5° e o 12° dia após vacinação. Não devem ser usados medicamentos que contenham na formulação o ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Doril®, Melhoral® etc), pelo risco de ocorrerem sangramentos
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