A pratica cristã de catarina de sena e as dificuldades que enfrentou pra assumir sua vocação
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Resposta:
“Esta é uma virgem sábia, uma das jovens prudentes, que foi ao encontro de Cristo com sua lâmpada acesa”. Essa é a antífona da entrada da Missa em memória de Santa Catarina de Sena que faz clara referência à parábola das dez virgens, cinco sábias e sensatas e cinco néscias. Santa Catarina de Sena, virgem, doutora da Igreja e co-padroeira da Itália e da Europa, foi uma mulher que desempenhou um papel decisivo e eminente na história da Igreja, destacando-se por sua dedicação ao Reino de Deus, por seu amor aos sacerdotes e ao Santo Padre, o Papa, e pela vivência da santidade sem reservas.
Santa Catarina nasceu em Sena, na Itália, em 1347, em uma família numerosa e de pais piedosos. Essa “virgem sábia” voltou para a Casa do Pai com a idade de 33 anos, no dia 29 de abril de 1380, depois de uma vida marcada pela incessante contemplação e pela intensa atividade apostólica. Desde a infância, aos sete anos, na presença espiritual da Virgem Santa Maria, ela consagrou sua virgindade a Cristo, plenamente consciente do valor que o voto de virgindade e de amor exclusivo a Cristo comportava. Numa visão que nunca mais se cancelou do coração e da mente de Catarina, Nossa Senhora apresentou-a a Jesus, que lhe confiou um anel maravilhoso, dizendo-lhe: “Eu, teu Criador e Salvador, desposo-te na fé, que conservarás sempre pura, até quando celebrares Comigo no Céu as tuas bodas eternas”. (Raimundo de Cápua, Santa Catarina de Sena, Legenda maior, nº. 115).
Aos 16 anos, impelida por uma visão de São Domingos, Catarina de Sena entrou na Terceira Ordem Dominicana, no ramo feminino chamado Manteladas. O segredo da santidade de Santa Catarina de Sena está em ter sido “inflamada de amor divino” e em ter conseguido unir a contemplação de Cristo crucificado ao serviço à Igreja. Graças ao seu fervor apostólico e à sua dedicação à oração, à penitência e às obras de caridade, sobretudo em favor dos enfermos, ela conseguiu desenvolver uma grande quantidade de atividades e interviu, com coragem e fortaleza, em situações dedicadas que a Igreja atravessou em sua época.
Santa Catarina de Sena viveu no século XIV, em plena Idade Média, um período histórico cheio de controvérsias em que, tanto no campo civil como no eclesiástico, a Europa estava dilacerada pelas lutas internas, por guerras entre Estados e cidades, por carências, fome e doenças. Na Igreja registravam-se cismas que colocavam em risco a própria sobrevivência da civilização católica e o Papa Gregório XI, ausente de Roma, residia em Avignon, na França. Foi nesse ambiente de particular angústia para a Igreja que a jovem Catarina, tocada por uma graça especial, entreviu a sua vocação religiosa.
Catarina de Sena aprendeu a ler e a escrever, com dificuldade, quando já era adulta. A sua doutrina está contida no livro “o Diálogo”, uma obra-prima da espiritualidade – onde ela aborda a busca do conhecimento da Verdade e do sumo Bem, que é Deus – no seu Epistolário (381 Cartas), e na coletânea de suas orações.
No dia a dia, Catarina gostava de afirmar que “se fizermos o que deve ser feito, nós acenderemos o mundo”. Ela possuía dons carismáticos e, por isso, ao receber as pessoas, ela captava, por intuição, o segredo oculto dos corações. Abraçava as pessoas com acolhimento e afeto, segurando-lhes as mãos, e ao tratar de assuntos referentes a Deus e à Igreja, não se preocupava em agradar ou desagradar as pessoas. Agindo assim, ela enviou várias cartas aos governantes e clérigos, suplicando pela paz entre os Estados. Enviou, inclusive, cartas ao Papa Gregório XI, exortando-o a voltar a Roma, saindo de Avignon, na França. Em uma de suas cartas ao Papa, Catarina exortou: “Guiai a barca da Santa Igreja”. (Carta 357). O seu amor pelo Sumo Pontífice era visível, pois ela gostava de se referir ao Papa chamando-o de “o doce Cristo na terra”. Catarina não só escrevia cartas; ela também viajou, várias vezes, pelos Estados da Europa com o objetivo de contribuir na promoção da paz e na reforma interior da Igreja. Graças a esses esforços pacifistas de Santa Catarina de Sena, o Papa João Paulo II declarou-a co-padroeira da Europa.
Na espiritualidade de Santa Catarina de Sena destacam-se três pontos: intimidade com Deus, piedade e arrependimento e a Divina Providência. Os seus ensinamentos são dotados de uma riqueza tão profunda que o Papa Paulo VI a declarou Doutora da Igreja em 1970. Quando nos dedicamos à leitura, estudo e meditação das obras dessa santa doutora da Igreja, nós percebemos que “de Santa Catarina nós aprendemos a ciência mais sublime: conhecer e amar Jesus Cristo e a sua Igreja. No Diálogo da Providência Divina, ela, com uma imagem singular, descreve Cristo como uma ponte lançada entre o céu e a terra.
Explicação:
espero ter ajudado