Biologia, perguntado por brunaery060, 9 meses atrás

a) Por que o nosso corpo é capaz de realizar movimentos?​

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Respondido por yguedesdias
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Os movimentos de flexão e extensão são encontrados em quase todas as articulações sinoviais, ou completamente móveis, do corpo, incluindo artelhos, tornozelos, joelhos, quadril, tronco, ombro, cotovelo, punho e dedos. A flexão faz com que haja diminuição do ângulo relativo dos segmentos, ou seja, aproximação dos segmentos. Já a extensão faz com que haja aumento do ângulo relativo. A Figura 10 ilustra alguns dos movimentos de flexão e extensão.

Os movimentos de adução e abdução não são tão comuns quanto à flexão e à extensão, e ocorrem somente nas articulações metatarsofalângicas, do quadril, do ombro, do punho, e metacarpofalângicas. A abdução é o movimento para longe da linha média do corpo ou do segmento. Já a adução é o movimento de aproximação da linha média do corpo ou dos segmentos.

As rotações podem ser tanto mediais, também chamadas de internas quanto laterais, também chamadas de externas. Como a linha média atravessa os segmentos do tronco e da cabeça, as rotações nesses segmentos são descritas para a esquerda e para a direita a partir da perspectiva de quem realiza.

Além desses movimentos, existem termos especializados. Segundo Hamill e Knutzen (1999), essas denominações são para as regiões do tronco, escápula, antebraço, coxa, braço, e pé.

A flexão lateral direita e esquerda é um movimento que se aplica apenas ao movimento da cabeça e do tronco. A cintura escapular tem nome de movimento especializado que pode ser descrito observando-se o movimento das escápulas. O levantamento das escápulas é denominado elevação enquanto que o movimento contrário é denominado depressão. Se as escápulas se movem afastando-se uma da outra, o movimento é denominado protação ou abdução.

O movimento de retorno das escápulas é chamado de retração ou adução. Além disso, as escápulas podem fazer rotação para cima, no sentido da base da escápula se afastar do tronco e a borda superior move-se no sentido a aproximar-se do tronco. Este movimento denomina-se rotação para cima, e sua volta rotação para baixo.

No braço e na coxa, as combinações de flexão e adução são denominadas de adução horizontal, e as combinações de extensão e abdução são denominadas de abdução horizontal. Ambas as denominações são realizadas com os membros de forma horizontal ao solo, sendo que a adução aproxima-se da linha média do corpo e a abdução afasta-se da linha média do corpo.

No antebraço, os movimentos de pronação e supinação ocorrem com a sobreposição do rádio sobre a ulna. A supinação é o movimento no qual a palma da mão é voltada para a frente (como na região anatômica de referência), e a pronação, as palmas devem estar voltadas para a parte posterior do corpo. Estes movimentos também podem ser chamados de rotação externa (supinação) e rotação interna (pronação).

No punho, o movimento em direção ao polegar é denominado desvio radial, e em direção ao dedo mínimo é denominado desvio ulnar. Nos pés, os movimentos de flexão e extensão são especializados para flexão plantar dorsiflexão e flexão plantar, respectivamente. Além disso, o pé apresenta outro grupo de movimentos especializados chamados de inversão e eversão, que ocorrem nas articulações intertársicas e metatársicas.

A inversão do pé ocorre quando a borda medial do pé levanta de modo que a sola do pé vira-se para dentro em direção ao outro pé. Já a eversão é o movimento oposto do pé quando a sola vira-se para fora.

E finalmente a circundução, que pode ser realizado por qualquer articulação que tenha o potencial em mover-se em duas direções, de modo que se realize um movimento circular.

Para definir os movimentos das articulações e segmentos e para registrar a localização no espaço de pontos específicos no corpo, é necessário um ponto de referência (SMITH, WEISS e LEHMKUHL, 1997). Hall (2000) indica que a terminologia especializada é necessária, pois é capaz de identificar com exatidão a posição e direções corporais.

Ao se estudar as várias articulações do corpo e analisar seus movimentos, se convencionou caracterizar de acordo com planos específicos de movimento (THOMAS e FLOYD, 2002). Hamill e Knutzen (1999) e Hall (2000) relacionam a descrição do movimento por meio de um sistema de planos e eixos. Para tanto, três pontos imaginários são posicionados pelo corpo em ângulos retos de modo que façam intersecção no centro de massa do corpo ou centro de gravidade do corpo. O movimento é dito como ocorrendo em um plano específico se estiver ao longo desse plano ou paralelo a ele. Existem três tipos de planos, sendo eles plano sagital, plano frontal e plano transverso.

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