A população africana encontra - se distribuída de maneira desigual pelo continente , concentrado nas áreas ?
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Explicação:
A África é o segundo continente mais populoso do mundo. Ainda assim, a população africana encontra-se distribuída pelo continente de modo bastante desigual. Devido às condições naturais, existem grandes vazios demográficos, como é o caso nas áreas do continente dominadas por grandes desertos e nas regiões de densas florestas equatoriais, com densidades demográficas muito baixas (menos de 1hab/km²). Em contrapartida, existem áreas intensamente povoadas, concentradas principalmente nos grandes centros urbanos, sobretudo no litoral africano. Entre as aglomerações urbanas mais populosas da África estão as cidades de Lagos (cerca de 10 milhões), Cairo (cerca de 11 milhões) e Kinshasa (cerca de 9 milhões). Nessas áreas, as densidades demográficas podem superar 400 hab./km².
Existem áreas rurais com um povoamento considerado elevado, variando entre 10 e 50 hab./km². Isso ocorre porque muitos países ainda têm uma economia baseada no setor primário, dependentes da exportação de produtos básicos. As áreas mais urbanizadas assim o são porque nelas houve o processo de industrialização, que impulsiona os fluxos populacionais do campo para a cidade.
Analisando o crescimento demográfico, pode-se perceber que os índices no continente africano são muito elevados, maiores do que outras regiões em desenvolvimento. Dois fatores podem ser considerados os principais responsáveis por essa situação: o elevado nível das taxas de fertilidade (cada mulher africana tem em média 4 filhos); e a queda paulatina das taxas de mortalidade, que de 223 por mil, na década de 1970, recuou para cerca de 118, no início da década de 2010.
Na década de 1950, a população da África representava 9% da população mundial. Esse índice subiu para em 15%, em 2010, e o continente atingiu cerca de 1 bilhão de habitantes. As altas taxas de natalidade, aliadas à baixa expectativa de vida (em torno de 53 anos), fazem com que a África apresente uma pirâmide etária com muitas crianças e jovens (base larga) e um reduzido número de idosos (ápice estreito), o que é um reflexo das precárias condições socioeconômicas de muitos países.
Em 2002, os três países com menor expectativa de vida no mundo eram africanos (Zâmbia, Zimbábue e Serra Leoa), com índices inferiores a 35 anos. Os três países com maior taxa de mortalidade infantil também eram do continente (Serra Leoa, Níger e Angola), todos acima de 165 mortes por mil. Em todo o continente, fatores que contribuem para esses números são: a epidemia de Aids, as guerras civis e os baixos investimentos em saúde pública. A falta de infraestrutura e serviços básicos para a população, como educação e saneamento, também contribuem para piorar os índices relacionados ao desenvolvimento humano. Os problemas da África provêm de um processo histórico, originado com o imperialismo praticado na região e a tardia descolonização de seus países.
Mesmo tendo centenas de idiomas registrados, o histórico de colonização acabou por dividir a África em três grandes áreas linguísticas principais. A língua mais falada é a inglesa, seguida pela árabe e depois pela francesa.
Os grupos étnicos, são estimados em mais de três mil. Ao norte, predominam os caucasoides, principalmente berberes e árabes. Os povos negros do sul do Saara constituem 70% da população, e se dividem entre sudaneses, nilóticos e bantos. Também podemos destacar os bosquímanos, hotentotes, pigmeus, beduínos, bororos, turkanas, entre muitos outros. A África abriga nações milenares, cujas crenças e costumes se amparam em vivências muito ligadas à natureza. Em termos de religião, pode-se destacar a intensa penetração do islamismo nas últimas décadas. Por consequência, atualmente essa religião está entre as que possuem mais adeptos, juntamente com o cristianismo. As religiões tradicionais africanas também são muito praticadas e, em muitos casos, passam por um sincretismo com as religiões