A política agrícola proposta na década de 60 tinha por objetivos a produção de alimentos e de matérias primas em consonância com o projeto de industrialização do país. Na época as questões ambientais e sociais não eram prioridade para as políticas públicas volta para o campo, embora que se tinham inúmeras iniciativas para a manutenção das pessoas no campo, como as políticas específicas de crédito (como o PRONAF) e o seguro agrícola, além da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER). Descreva se o texto da questão é verdadeiro ou falso.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A bem de uma melhor demarcação temática, diria que essa tese (setor rural subsidiário da industrialização) é mais específica da reflexão da historiografia econômica, e mesmo da teoria do Desenvolvimento Econômico em voga no período. Esse enfoque temático catalisa uma importante parcela da reflexão sobre a questão que ora nos interessa - a expansão e modernização do setor agropecuário coetânea à industrialização brasileira - mas elude outra vertente importante do pensamento econômico sobre problemas específicos que historiadores, economistas, agraristas e cientistas sociais, em geral, cognominaram de "questão agrária brasileira". Em algum momento do debate temático estas distinções se confundem (ver Rangel, 1961), mas em vários outros textos "clássicos" (Caio Prado Jr. e Celso Furtado principalmente) a questão agrária contém outros ingredientes fundamentais (estrutura fundiária e relações sociais no campo), que são de certa forma externos à discussão do lugar da agricultura no desenvolvimento industrial brasileiro. Talvez a dualidade temática reflita a própria dualidade da modernização técnica com atraso relativo nas relações sociais. Este enfoque segmentado é comum também à história da industrialização brasileira como pertinentemente destaca Silva (1976: 19) quando analisa a industrialização e o capitalismo no Brasil.
Explicação:
confia