A pobreza é um desses temas que podem ser entendidos de forma multidimensional. ou seja, não é apenas uma questão de renda, mas de um conjunto de fatores, como: escolaridade, saneamento básico, transporte, trabalho.
Uma reflexão combatida sobre a pobreza é aquela que
Alternativas:
a)
considera a pobreza como falta de acesso a educação.
b)
relaciona o aumento da pobreza à violência.
c)
trata a pobreza como um fenômeno natural.
d)
relaciona a pobreza à falta de políticas sociais.
e)
relaciona a pobreza somente com a falta de dinheiro.
2)
O país vive um cenário de extrema desigualdade. A população percebe isso, mas ainda associa a situação apenas à questão da renda. E, mais do que isso, não consegue compreender o tamanho do abismo, desconhecendo o seu lugar de fato na pirâmide social.
Isso é o que revela a pesquisa promovida pela organização Oxfam Brasil, em parceria com o Instituto Datafolha, chamada ‘Nós e as Desigualdades’, e lançada no final do ano passado. A proposta foi identificar a percepção pública para investigar o que pensam os brasileiros sobre as desigualdades no país.
A concentração de renda é algo histórico no país, segundo os dados acima e a disciplina estudada o fator da pobreza é o que mais afeta:
Alternativas:
a)
a possibilidade de sobrevivência das pessoas.
b)
a violência contra homossexuais.
c)
o numero de aumento de compra de smartphones.
d)
o aumento da frota de veículos nas ruas.
e)
a multiplicação de pequenos negócios não duradouros como food-trucks e salões de beleza.
3)
Em 2017, uma minoria mais rica formada por 10% dos brasileiros detinha 43,3% da renda total do país. Na outra ponta, os 10% mais pobres detinham apenas 0,7% da renda total.
O grupo mais vulnerável de pobreza é:
Alternativas:
a)
o homem branco.
b)
a mulher negra.
c)
o homem negro.
d)
a mulher branca.
e)
os empresários.
4)
Na literatura, existem alguns autores que contribuem para o pensamento social brasileiro para compreendermos a formação do Estado no Brasil e a organização do poder político marcado pela corrupção. Dentre eles se destacam: Caio Padro Jr., Sérgio Buarque de Holanda e Raimundo Faoro.
Considerando esses autores e suas contribuições para a organização do poder político marcado pela corrupção, relacione uma coluna à outra.
Coluna A
Coluna B
I - Caio Prado Jr.
1 - escreveu uma obra de referência para entendermos as “raízes” desses traços de comportamento na política brasileira que dificultam a separação do que é público e privado.
II - Sérgio Buarque de Holanda
2 - tentou explicar a formação do Estado brasileiro a partir da noção de colônia de exploração – em sua interpretação, responsável pelas nossas raízes do subdesenvolvimento, que se prolongam até hoje – relativa à função que o Brasil assumiu no mercado mundial de 1500 a 1822.
III - Raimundo Faoro
3 - buscou explicar os cenários de disputa política no Brasil e a reprodução da concentração de poder (econômico e político) em determinadas famílias/grupos empresariais. Para o autor, é possível falar de um “Estado patrimonial-estamental no Brasil”, no qual os interesses privados de grupos poderosos totalmente desconectados da maioria da população prevalecem, em detrimento de sua função pública.
Assinale a alternativa que apresenta a associação CORRETA entre as colunas.
Alternativas:
a)
I - 2; II - 1; III - 3.
b)
I - 3; II - 2; III - 3.
c)
I - 1; II - 3; III - 2.
d)
I - 2; II - 3; III - 1.
e)
I - 3; II - 2; III - 1.
Soluções para a tarefa
1) O tratamento da pobreza como um fenômeno natural (letra C) é uma reflexão que deve ser combatida sobre tal assunto.
Letra C: trata a pobreza como um fenômeno natural.
Na realidade, isso ocorre porque a pobreza é fruto da desigualdade social presente em várias partes do mundo.
No Brasil, por exemplo, as desigualdades sociais são consideradas históricas (desde o período colonial) e existem por conta da má distribuição de renda e de terras que ocorre nos quatro cantos do país.
Diante de tudo isso, a desigualdade social não pode ser vista como um fenômeno natural, e sim como uma consequência da formação histórica - cheia de problemas sociais e econômicos - da sociedade.
2) A possibilidade de sobrevivência das pessoas (letra A) é uma consequência do fator da pobreza.
Letra A: a possibilidade de sobrevivência das pessoas.
Na realidade, os crescentes índices dos números da pobreza têm causado a preocupação no que diz respeito à sobrevivência das pessoas que vivem na linha da pobreza, abaixo desta linha e em condições miseráveis.
Naturalmente, a preocupação se dá pelo fato de que essas pessoas não possuem condições econômicas para comprar os alimentos mais básicos (arroz, feijão, carne, outros). Nesse sentido, vale expressar o seguinte ditado popular: o de cima, sobe; o debaixo, desce.
Portanto, a concentração de renda acaba gerando ainda mais desigualdades socioeconômicas em toda a sociedade.
3) O grupo mais vulnerável de pobreza é o da mulher negra (letra B).
Letra B: a mulher negra.
Isso ocorre porque, historicamente, a mulher negra sempre foi vítima de racismo e do excesso de machismo. Nessa dimensão da realidade, muitas mulheres negras ainda possuem dificuldades para entrar e criar uma carreira no mercado de trabalho.
Naturalmente, a falta de oportunidades no mercado de trabalho acaba contribuindo para o aumento da pobreza e fortalecimento de um círculo vicioso do mal contra as mulheres negras de todas as partes do país.
Diante de tudo isso, a gente pode verificar que as mulheres negras representam o grupo mais vulnerável de pobreza.
4) A associação correta entre as colunas é vista na letra A.
Letra A: I - 2; II - 1; III - 3.
I - 2) Na visão de Caio Prado Jr., as desigualdades sociais e econômicas são fruto da ampla colonização portuguesa em solo brasileiro. Isso significa que os altos níveis de pobreza não vêm de agora, e sim de aspectos sociais e econômicas considerados históricos.
II - 1) Na visão de Sérgio Buarque de Holanda, o Brasil ainda carregava resquícios da monarquia portuguesa. E esses resquícios eram vistos em atos voltados para o patrimonialismo.
A confusão entre o público e privado, por exemplo, é o elemento marcante do Patrimonialismo.
III - 3) Os estudos de Raimundo Faoro foram baseados em explicações sobre o funcionamento das concentrações econômicas (de renda) e políticas (influências de líderes políticos).
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