A pesquisadora Scarlett Marton escreve em seu livro Nietzsche: a Transvaloração dos Valores: “Lançando mão de estudos históricos, Nietzsche, sem dúvida, toma partido por um tipo determinado de organização social – e por um tipo determinado de moral. Fortes e fracos, nobres e ressentidos, senhores e escravos não constituem a priori metafísicos nem essências atemporais; são tipos que emergem da pesquisa histórica”.
Sobre a reflexão moral de Nietzsche, é CORRETO afirmar que:
a)Empregando o procedimento genealógico, Nietzsche constata que os valores de “bem” e de “mal” não constituem princípios morais absolutos, mas são valores criados pelo homem e para o homem, logo estiveram desde sempre sujeitos a transformações.
b)De acordo com a ética nietzschiana, é preciso sempre proteger os fracos dos fortes, sendo que a caridade, a piedade e a solidariedade devem sempre orientar as ações humanas na direção de um mundo mais igualitário e justo.
c)É em “Assim falava Zaratustra” que o filósofo Friedrich Nietzsche postula o seu mais famoso princípio ético, o “imperativo categórico”. Com esse princípio, o filósofo pretende fornecer um critério seguro para o agir humano.
d)Nietzsche critica veementemente Kant quando afirma que “Deus está morto”. Segundo Nietzsche, Kant errou ao postular que o fundamento da ética cristã foi destruído pelo “homem da ciência” e sua racionalidade.
e)Em Para a genealogia da moral, Nietzsche identifica o cristão como um tipo forte, pois sua inabalável fé em Deus lhe permite enfrentar qualquer adversidade sem perecer.
Soluções para a tarefa
Resposta: A
Explicação:
Sobre a reflexão moral de Nietzsche: ALTERNATIVA A.
De acordo com o pensamento do filósofo Nietzsche, em sua genealogia da moral, "bem" e "mal" são palavras que foram deturpadas e apropriadas pelo catolicismo para criar valores e manipular os cristãos. Nesse sentido. os princípios morais não podem ser absolutos, pois são perenes e mutáveis e a Verdade está morta.
Para Nietzsche, o homem não deve reprimir sua vontade de potência, pois é esta força que o move e o faz criativo no mundo. Nietzsche rompe com as ideias postas pela tradição e cria a sua filosofia de vida ao evidenciar que o homem conhece aquilo que é lhe de interesse e sua ânsia pelo conhecimento vai de encontro com as coisas que podem ser dominadas por ele.
Para Nietzsche, o homem quer ser forte o tempo todo. Ele utiliza da sua ação e da sua criatividade para dominar os mais fracos. E a fraqueza é um sinal de ressentimento e de não aceitação do amor fati (amor ao destino).
Assim, Igreja e ciência são entes que dominam o homem e o tratam como "camelo", animal que carrega o fardo dos valores e da verdade. O "leão" é aquele que pensa que tem força e coragem, mas é manipulável e medroso. Já a "criança" representa a figura do novo, da ação e da autenticidade humanas.
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