Sociologia, perguntado por johnnyenderson, 1 ano atrás

A pesquisadora Ivana Bentes estuda a forma como os memes afetam a nossa forma de viver dentro do contexto da ciberdemocracia. Leia a seguir um trecho de um artigo da especialista publicado na Revista Cult e, depois, responda corretamente: [...] A política na era do gerador de memes É como se as pessoas, munidas de um gerador de memes, de um vídeo no youtube, uma timeline e uma conta no Twitter se tornassem editorialistas de suas próprias crenças, falando para as bolhas do Facebook, dos seguidores, dos iguais. Uma audiência capaz de validar e chancelar o que é dito, produzindo pertencimento e identificação, ou o ódio e uma guerra memética impermeável, em que não há perdedores, pois ninguém se ouve e todos têm razão. Trata-se de uma nova forma de produção de consenso, por cliques, likes, compartilhamentos, anuência que cria uma comunidade imaginada de iguais, no momento em que as instituições produtoras de consenso entraram em crise de credibilidade: a Justiça, a Mídia, a Escola, os Políticos, a própria Ciência. Produzir nichos, comunidades de identidade que não suportam a ruidocracia e a polifonia, que não suportam o dissenso, que não suportam a hiper fragmentação de fontes, notícias, boatos, rumores, mensagens e memes descontextualizados que nos exigem um enorme esforço de decodificação ou um clique e um like de cumplicidade. É simbólico que a memética, teoria inspirada nos memes replicantes, proposta por Richard Dawkins venha da biologia, indicando uma confluência de campos e novos paradigmas no pensamento dos meios e da comunicação. A ideia do “gene egoísta” que para sobreviver e se replicar precisa desesperadamente de vetores, corpos, que o impulsionem. Nós nos tornamos os vetores dos memes e das ideias prontas que circulam no infinito dos boatos, histórias, truismos, verdades e pós-verdades que, colocadas para circular, perde-se o controle. [...] O modelo da comunicação pós-mídia de massas é a conversação e/ou a memética, ideias replicantes, memes que buscam se reproduzir e para os quais somos um dos formuladores e vetores, entre outros (objetos, redes, dispositivos). A memética interessa menos pelo seu “darwinismo cultural” (os memes como genes egoístas que querem se multiplicar a qualquer custo e sobreviver), mas por explicitar o potencial multiplicador e viralizante de ideias, imagens, sons, desenhos, valores estéticos e morais, línguas. Tudo o que possa ser transmitido, duplicado, remixado de forma autônoma. A memética e a vida e morte dos memes nas redes sociais são uma boa expressão dessa potência e erótica da comunicação, para o pior e para o melhor. FONTE: BENTES, Ivana. A memétrica e a era da pós-verdade. [s.d]. Disponível em: . Acesso em: 11 dez. 2016. Analisando o trecho do artigo em profundidade, podemos dizer que a autora aborda: I. Que nas redes sociais temos uma audiência que valida o que é dito dentro deste ambiente, produzindo com isso a noção de pertencimento e identificação, mas onde todos falam e quase ninguém ouve o que é dito. II. Para a autora, os usuários das redes sociais não se importam em não serem ouvidos, já que não buscam a aceitação. III. Ela afirma que vivemos o modelo da comunicação pós-mídia de massas e que é baseada na conversação e/ou a memética. Assinale a alternativa CORRETA: Escolha uma: a. Apenas a afirmativa II. b. Apenas a afirmativa III. c. As afirmativas I e III. d. As afirmativas II e III. e. As afirmativas I e II.

Soluções para a tarefa

Respondido por ednafanduc
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resposta certa : letra b -   As afirmativas I e III. 

willfest: certa resposta
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