A perspectiva antropológica nos ajuda a entender e compreender a diversidade das culturas e das formas de organização social, orientando-se pelo distanciamento das interpretações eurocêntricas e, por conseguinte, diz sobre o respeito à toda a composição diversa da vida humana. Considerando este aspecto, a proposta de reflexão deve ser encaminhada para pensar a situação geral das populações indígenas em diálogo com um contexto, ainda, de pandemia; Leia os fragmentos a seguir:
(1) “Precariamente assistidas [...] e pressionadas pela crescente onda de invasões em seus territórios, as comunidades indígenas enfrentam quase sozinhas o avanço da pandemia do coronavírus nas aldeias. [...]. “Temos um histórico muito perverso de doenças contagiosas, que dizimaram etnias inteiras no passado. Todos estão assustados”, diz Sônia Guajajara, coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) (Agência de Jornalismo Investigativo Pública. (14 abril 2020)
(2) “De acordo com o monitoramento realizado desde o começo da pandemia pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), até o dia 18 de janeiro de 2022, 1.255 vidas indígenas foram levadas pela Covid-19. [...] esse número é resultado, principalmente, da negligência e do descaso [...] em vacinar e oferecer assistência médica aos povos originários. [...]”. (10 janeiro 2022).
Comente a afirmativa a seguir, utilizando-se tanto dos conhecimentos antropológicos, assim como, do debate político sobre o papel do Estado, democracia e justiça social.
O Estado, e parte da sociedade civil, ainda reproduzem a narrativa de desvalorização e não reconhecimento da população indígena brasileira, uma vez que as ações de violência e violação dos direitos de existir destes povos permanecem enraizadas na cultura nacional.
Você pode orientar a sua reflexão a partir dos seguintes conceitos: Diversidade cultural/ Alteridade/ Eurocentrismo e a discriminação/ Padrões de Cultura.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
Indígenas e não indígenas estão imunologicamente suscetíveis a vírus que nunca circularam antes, como é o caso do novo coronavírus causador da Covid-19. Diferentes estudos atestam, no entanto, que povos indígenas são mais vulneráveis a epidemias em função de condições sociais, econômicas e de saúde piores do que as dos não indígenas, o que amplifica o potencial de disseminação de doenças. Condições particulares afetam essas populações, como a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, seja pela distância geográfica, como pela indisponibilidade ou insuficiência de equipes de saúde.Não há mais uma continuidade do trabalho de diagnóstico do DSEI em relação aos indígenas em toda a região. É uma atitude que demonstra falta de preocupação, como se não houvesse mais pandemia. Embora sabemos que há terras indígenas, como a TI Rio Pindaré, em que ainda existem muitos casos de Covid-19. Infelizmente, há uma naturalização da disseminação do coronavírus dentro dos territórios. Não existe mais barreiras sanitárias nem execução de testes. As medidas de precaução não são mais tomadas”.