Geografia, perguntado por gabrielels183, 7 meses atrás

A paz mundial desejada durante todo o período da Guerra Fria não foi vislumbrada no inicio da década de 1990. De acordo com Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri) , em 2019, os governos do mundo gastaram mais de 1,9 trilhão de dólares em armamentos, valor mais alto desde 1988. Essa nova ordem geopolítica mundial está atribuída a quais fatores conjunturais?

Soluções para a tarefa

Respondido por claudiabtx
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Resposta:

Abaixo algumas considerações.

PRIMEIRA PARTE - O SEGUIMENTO DA RESPOSTA ESTÁ EM OUTRO TÓPICO QUE POSTEI ABAIXO DESTE

Explicação:

Mesmo com a supremacia militar norte-americana, a globalização e as relações econômicas deixaram os países (inclusive os EUA) mais dependentes entre si. Uma guerra de grandes proporções é sempre evitada. Pode-se dizer que a geopolítica atual é marcada por grandes incertezas, uma vez que diversos atores estão surgindo a todo instante, sejam eles econômicos, como os BRICS, ou terroristas, como o Estado Islâmico, relativizando e criando cenários geopolíticos.  O arranjo global não é estático e está sempre em alteração.  Alguns interesses consolidados logo após o período da Guerra Fria já se modificaram, e novos atores, como a China, ganham posição de destaque cada vez maior no cenário internacional.  Junto a isso, devemos levar em conta os conflitos e tensões no interior de cada país, que também influenciam e transformam constantemente a ordem mundial.  A questão central agora não é apenas como os EUA respondem ao desafio da ascensão da China, mas se “potências intermediárias”, incluindo Índia, Austrália, Japão e Europa se dispõem a correr riscos para defender a ordem internacional e a trabalhar em conjunto nesse sentido. A competição é pela influência mundial – a China, com sua iniciativa da Nova Rota da Seda, os Estados Unidos com o peso de seus 75 anos como superpotência –; pela inovação em áreas como a inteligência artificial e os veículos elétricos; na corrida espacial – ambos estão enviando missões a Marte com dias de diferença – e no armamento ultramoderno, seja termonuclear, convencional e quântico. Agora, também, para conseguir a vacina que ajuda a resolver a mais grave crise deste século.  A primeira estratégia de Segurança Nacional da Administração de Trump, apresentada em dezembro de 2017, apontava a China e a Rússia como rivais que ameaçavam a prosperidade e os valores dos Estados Unidos. “Após ter sido descartada como um fenômeno do século passado, a competição entre grandes poderes voltou”, dizia o documento, recuperando a linguagem da corrida entre superpotências.  A China considera que sua ascensão corrige injustiças históricas e devolve o país ao lugar que historicamente lhe corresponde. Há tempos – e, evidentemente, desde o começo da guerra comercial – chegou também à conclusão de que os Estados Unidos são uma potência decadente que quer impedir a ascensão da China no cenário global para não perder suas vantagens. É uma convicção generalizada: tão ubíqua entre os círculos de poder como nas conversas das pessoas comuns. E Pequim responde – e se antecipa – com uma assertividade crescente, que aumentou notavelmente durante a pandemia. Os Estados Unidos, por sua vez, acham que Pequim ameaça seus interesses estratégicos e compete de maneira injusta no âmbito comercial.  Nesse momento, o novo entendimento é que as relações entre a China e os Estados Unidos “não voltarão a ser as mesmas”.

SEGUE EM SEGUIDA, EM OUTRA RESPOSTA


claudiabtx: A frota de Pequim tem 335 navios de guerra; a dos EUA, cinquenta a menos, de acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso (CRS, na sigla em inglês) apresentado em maio. Em 2012, a Marinha chinesa colocou seu primeiro porta-aviões, no ano passado o segundo e até 2022 já pretende ter quatro em operação.
claudiabtx: Em geral, o armamento e as capacidades do Exército chinês continuam longe das do norte-americano. Mas a distância é exponencialmente menor do que décadas atrás, e inexistente em alguns âmbitos. Uma das visões mais pessimistas é a de Christian Brose, ex-diretor do Comitê das Forças Armadas no Senado.
claudiabtx: Em seu recente livro, The Kill Chain: Defending America in the Future of High-Tech Warfare (A corrente da morte: Como defender os EUA na futura guerra de armamento tecnológico), afirma que no caso de conflito no Pacífico, os EUA teriam todas as chances de sair derrotados.
claudiabtx: Brose desenha um panorama em que as bases de Guam, Japão e Coreia do Sul se “inundariam” de projéteis; os porta-aviões seriam indefensáveis nas proximidades do litoral chinês e os F-35 – os caças mais sofisticados do mundo – logo estariam fora de jogo porque os aviões-tanque necessários para reabastecer teriam sido destruídos.
claudiabtx: Nem todos no Pentágono compartilham as projeções de Brose, mas reconhecem sem rodeios que o desenvolvimento e mobilização de armamento antiaéreo e antinavios, e os deslumbrantes avanços em mísseis terrestres – balísticos e de cruzeiro – colocam as tropas norte-americanas na região em uma situação muito vulnerável.
claudiabtx: “A China significa agora um grande desafio à capacidade da Marinha norte-americana de dominar e controlar as águas do Pacífico ocidental – o Primeiro desafio de envergadura semelhante desde o final da Guerra Fria – “, se admite no citado relatório de maio do CRS.
claudiabtx: Para tentar reverter a situação, militares de alto escalão norte-americanos alertam em março no Congresso da urgência de se adotar uma nova estratégia; e da necessidade de investir bilhões de dólares nela. Unidades de marines pequenas, rápidas e móveis. E carregadas com mísseis Tomahawk projetados especificamente para este cenário.
claudiabtx: Mas para que esses comandos possam ser eficientes, os EUA deverão – afirmou o general David Berger no Senado – mobilizar um arsenal de mísseis terrestres equiparável ao implantado pela China. Diante das intenções de Trump, o governador do departamento japonês de Okinawa reiterou que nenhuma das ilhas que administra abrigará esse tipo de armamento nuclear vetado aos EUA durante mais de três décadas.
claudiabtx: Enquanto o Exército norte-americano vagava sem rumo e sangrando nas guerras do Afeganistão e Iraque, e o Pentágono se centrava mais nas possíveis ameaças de Moscou e o terrorismo jihadista, a China se transformou em uma superpotência capaz de fazer-lhes frente em um conflito em grande escala. “O futuro emboscou os EUA”, diz Brose em seu livro.
claudiabtx: O certo é que hoje não bastaria enviar dois porta-aviões para defender aliados como Taiwan, Japão e Coreia do Sul.

FIM
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