A partir de 1840, o Sul começou a encarar o passado com um espírito menos unionista. Estavam comprometidos a perpetuar um sistema de escravidão cada vez mais condenado pelo resto do mundo ocidental e pensavam neles mesmos como tendo uma série de valores, problemas, perigos e aspirações comuns que os separavam dos outros americanos. Inevitavelmente chegavam a acreditar que tinham uma história comum e característica.
Ao observar o contexto que levou à Guerra de Secessão nos Estados Unidos, o texto acima faz referência à
A
tensão entre os comerciantes do Oeste e os industriais do Leste.
B
tensão entre imigrantes pobres do Oeste e os latifundiários sulistas.
C
divisão entre parlamentares confederados e as autoridades sulistas.
D
divisão entre a burguesia sulistas e os grandes proprietários de terras nortistas.
E
tensão entre a sociedade escravocrata sulista e os interesses da burguesia nortista.
Soluções para a tarefa
Resposta : A
Explicação : tensão entre os comerciantes do Oeste e os industriais do Leste foi o motivo da guerra como diz no livro
Os estados do Sul, escravocratas, tinham uma economia baseada na agricultura. Defendiam,
as baixas tarifas alfandegárias com o intuito de facilitar suas práticas econômicas dependentes da
exportação e da importação de bens manufaturados, especialmente da Inglaterra.
Enquanto isso, os estados do Norte vivenciavam um exclusivo comercial menos rígido. Em boa
parte da sua história colonial, a economia era baseada no mercado interno. Gradativamente, desen-
volveu-se ali uma produção manufatureira que depois abriu caminho para a industrialização. A mão
de obra era baseada no trabalho livre, e, por priorizar o abastecimento do mercado interno pela
indústria em ascensão, o Norte defendia uma política de altas tarifas alfandegárias com o intuito de
proteger seus mercados (protecionismo alfandegário).
O processo de expansão significava também uma disputa entre esses dois
projetos. À medida que o Oeste era ocupado, os dois modelos de país igualmen-
te ampliavam suas áreas de atuação. Porém, quando não havia mais para onde
expandir, os estados do Norte e do Sul entraram em rota de colisão. Cada vez
mais parecia inevitável que os Estados Unidos definissem qual seria sua opção
de desenvolvimento. Tentativas de acordos e de negociações foram feitas para
evitar uma ruptura radical, mas isso não foi suficiente.
Os acordos do Compromisso do Missouri, de 1820, tentaram estabelecer limi-
tes geográficos para a escravidão a partir do paralelo 36o norte, que dividiria os
futuros territórios estabelecendo que o escravismo só seria aceito ao sul daquela
linha imaginária. Na prática, não durou muito tempo. Nem sempre territórios e
estados estavam dispostos a abdicar de seu direito à autodeterminação a respeito
desse assunto, como foi o caso da Califórnia, que estava ao sul, mas queria ser um
estado livre do trabalho escravo. Outros acordos seriam firmados, mas a solução
definitiva para o assunto não ocorreria por vias pacíficas.
O impasse entre os dois projetos de país começou a dar sinais de que favoreceria o modelo
nortista. Em 1860, nas eleições presidenciais, venceu o candidato do Norte, Abraham Lincoln (1809-
-1865). Os estados escravocratas do Sul não aceitaram a vitória, os caminhos políticos protecionistas
e, provavelmente, abolicionistas do novo governo. Temendo uma guinada em direção a práticas
administrativas pouco propícias à grande lavoura e à utilização da mão de obra escravizada, os
estados do Sul declararam-se em secessão, formando uma Confederação independente.
A Presidência dos Estados Unidos, com apoio dos chamados “estados livres” – cuja economia
não estava atrelada à mão de obra escrava –, e até mesmo de alguns estados escravocratas que
não se juntaram aos confederados (estados do Sul que declararam secessão), recusou-se a aceitar
a separação. E assim teve início a Guerra de Secessão (1861-1865).
É correta a alternativa E, tendo a Guerra de Secessão (ou Guerra Civil Americana) ocorrido por conta dos diferentes interesses político-econômicos da porção Norte e da porção Sul do país.
No norte já havia um certo grau de industrialização e estas indústrias precisavam de um mercado consumidor interno forte para continuar crescendo. Como pessoas escravizadas não fazem compras, era necessário abolir a prática em todo o país para atender os interesses da burguesia industrial.
No sul a economia dependia da exportação de bens agrícolas, e era o uso de mão de obra escravizada, muito mais barata, que garantia a "vantagem competitiva" para os produtos da região, de modo que eles eram contra a abolição da escravidão.
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