a participação dos indígenas na colonização de marabá
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Resposta:
A história de Marabá, um dos mais populosos e ricos municípios do estado do Pará, no Brasil, compreende, tradicionalmente, o período desde a chegada dos comerciantes de drogas do sertão, e chefes políticos deslocados do norte da província de Goyaz, até os dias atuais. Embora o seu território seja habitado continuamente desde tempos pré-históricos por índios nômades, a região permaneceu praticamente intocada até o início da década de 1890, com raros contatos com europeus e bandeirantes, que desde o século I exploravam a região.
Em 1894 o coronel[nota 1] Carlos Leitão, acompanhado de seus familiares e auxiliares de trabalho, deslocou-se para o sudeste do Pará, estabelecendo seu primeiro acampamento em localidade situada em terras margeadas pela confluência dos rios Tocantins e Itacaiunas, que posteriormente foi denominada de Pontal do Itacayuna. Com o aumento da riqueza gerada pelo comércio de caucho e depois de castanha-do-pará, a região atraiu muitos imigrantes, e a partir de 1903, a até então vila do Pontal começa a lutar por sua emancipação. Em 1913, por influencia principalmente do coronel Antônio Maia, Marabá se emancipa.
Entre 1913 e a década de 2000 Marabá se desenvolveu de forma vertiginosa, experimentando desde ciclos extrativistas a períodos de forte expressão industrial. Com uma história marcada por muitos conflitos, os séculos XX e XXI foram especialmente fervilhantes no município, que viu a ascensão e declínio de oligarquias, revoluções emancipacionistas, guerrilhas comunistas, massacres de indígenas e trabalhadores, conflitos pela posse da terra, descoberta de grandes depósitos minerais, grandes projetos governamentais, escândalos políticos e explosões demográficas.
Desde a década de 1970 estudos antropológicos na bacia do Itacaiunas e na Serra dos Carajás permitiram a observação de povoações muito antigas no território de Marabá, o que possibilitou uma visão maior da ocupação humana na região. Com os referidos estudos, foi possível definir que esta tinha sido ocupada por sociedades pré-cabralinas, isto é, anteriores a colonização europeia. Estudos aprofundados desenvolvidos nas grutas e cavernas da Serra dos Carajás, encontrou vestígios de sociedades coletor-caçadoras nômades muito antigas e complexas, com registros de ocupação humana datando aproximadamente 9.000 anos AP.