A palavra “moderno” significa “novo”, “atual”. O surgimento das monarquias nacionais e a configuração
dos Estados europeus foram interpretados por historiadores como uma ruptura com as estruturas e os valores
típicos da Idade Média. Nascia, então, nesse contexto, o que se denominou “modernidade”, diretamente
relacionada aos acontecimentos europeus e restrita à civilização ocidental. Resgatando os valores da
Antiguidade Clássica, a construção da “modernidade” partiu de fundamentos como a valorização da razão e a
afirmação de práticas de cidadania. O Estado típico da modernidade, chamado Estado moderno, seria,
portanto, uma entidade política regida por leis e administrada por funcionários especializados. O debate em
torno do assunto causa controvérsias entre historiadores. Enquanto uns apontam que há exemplos de estruturas
políticas semelhantes aos Estados modernos em momentos anteriores, questionando assim o marco histórico
convencionado, outros apontam que a “modernidade” é um engano, e o que aconteceu foi uma “longa Idade
Média” até o século XVIII.
Características do Estado moderno
Do século XII ao século XV, formaram-se monarquias nacionais em Portugal, Espanha, França e
Inglaterra, principais Estados europeus do período. Os monarcas eram soberanos sobre seu Estado, isto é, sua
autoridade não dependia ou se submetia a nenhuma outra e se estendia a todos que nele viviam. Assim, uma
das principais características do Estado moderno é a autonomia do governante perante as interferências
externas, como as de lideranças religiosas e a influência papal. É possível caracterizar os Estados modernos,
ainda, pela unificação do sistema monetário, pela instituição de leis nacionais, pela criação e manutenção de
exércitos e pela organização da arrecadação de impostos.
História em construção
Apesar de se identificar com o “novo”, propondo uma ruptura com o passado
medieval, a modernidade foi construída com base em elementos da Antiguidade Clássica,
como a racionalidade, a valorização do indivíduo, o resgate da noção de cidadania, entre
outros. Não há um debate aberto entre historiadores que defendem que as transformações
na Europa causaram um rompimento com as estruturas feudais, enquanto outros afirmam
que as permanências feudais provocaram uma “longa Idade Média”. Isso demonstra que a
História está em construção e há interpretações diversas nem sempre consensuais. O
conceito de modernidade foi construído em torno de processos ocorridos na Europa,
portanto, não pode ser universalizável, permanecendo-se restrito à realidade dos povos europeus.(resto do texto)
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Resposta:
letra c aresposta e c
Explicação:
pq e a letra c
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Aquilo que tradicionalmente se compreendeu como "Modernidade" abrange tudo o que ocorreu entre a Tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos e a Revolução Francesa e é uma concepção historiográfica fortemente marcada pelo eurocentrismo, sendo um conceito que está ligado com os europeus e restrito basicamente à civilização ocidental.
Por que esta concepção é criticada atualmente?
É criticada justamente por não levar em consideração e nem servir para explicar muito bem os processos históricos ocorridos em outras partes do mundo.
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