A otite externa canina é uma das infecções mais frequentes em pequenos animais e estima-se que a doença afeta entre 5 a 20% dos cães. As otites externas estão normalmente associadas à complicações secundárias decorrentes de causas primárias, que cursam com inflamação das orelhas, como por exemplo dermatite atópica, corpos estranhos, ectoparasitos, alterações da queratinização e doenças auto-imunes. Os principais agentes etiológicos isolados nos quadros incluem bactérias do gênero Staphylococcus e bactérias gram-negativas. Apesar dos microoganismos gram-negativos não serem isolados rotineiramente na orelha saudável, a ocorrência de Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae, E. coli e Pseudomonas aeruginosa têm sido descritos e não devem ser negligenciados em casos de otite externa. A respeito das otopatias em pequenos animais, assinale a alternativa correta. Escolha uma: a. A ototoxicidade irreversível tem sido um problema descrito com a utilização das cefalosporinas tópicas, cursando com comprometimento vestibular e auditivo, por consequência da lesão dos órgãos-alvo, pois tendem a permanecer no líquido perilinfático por longos períodos, quando comparados ao plasma. b. A citologia é o exame caracterizado pela identificação do agente e sensibilidade aos diferentes antimicrobianos associados à infecção, sendo indicado em casos crônicos, ou ainda aqueles que apresentam recidivas frequentes. c. A radiografia do pavilhão auricular diferenciará, os fatores secundários associados ao quadro inflamatório e, quando presentes, devem ser prontamente tratados, uma vez que poderão potencializar as causas primárias, favorecendo a perpetuação do quadro. d. O exame indireto, pela otoscopia, apresenta importância diagnóstica significativa, uma vez que será capaz de detectar alterações primárias no canal auditivo da orelha externa, como por exemplo ácaros (Otodectes cynotis) e ainda confirmar a presença de corpos estranhos. e. Os sinais clínicos sugestivos da otite externa em cães caracterizam-se pela presença de prurido e secreção otológicas, meneios cefálicos, sensibilidade dolorosa à palpação, odor fétido, andar em círculos e head-tilt.
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Resposta:
O exame indireto, pela otoscopia, apresenta importância diagnóstica significativa, uma vez que será capaz de detectar alterações primárias no canal auditivo da orelha externa, como por exemplo ácaros (Otodectes cynotis) e ainda confirmar a presença de corpos estranhos.
Explicação:
Corrigido pelo AVA
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