Português, perguntado por lucashiro80, 8 meses atrás

A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem.

Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos (palavras) e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...]

No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo [...]

Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto de referencialidade.

ARNALDO ANTUNES

Quando o poeta, compositor e cantor Arnaldo Antunes aponta que a poesia tem um uso primário da linguagem que é anterior ao perfil de sua ocorrência em conversas, em jornais, em aulas etc., que diferença ele está sinalizando existir entre a linguagem poética e não poética? Explique.

Soluções para a tarefa

Respondido por guilhermevieira14050
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Resposta:

É a fragmentação da experiência, pois Arnaldo Antunes considera que a poesia atinge a plenitude da linguagem na sua função do estabelecimento de vínculos entre pessoas e coisas, por isso deduz-se que a linguagem referencial fragmenta a experiência gerada pelas sensações.

Respondido por alisstravequinha
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Resposta:

c) afasta-se das praticidades cotidianas

Explicação:

para quem estiver precisando da resposta em alternativa ^^

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