A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou em 30 de janeiro de 2020 que o surto da doença causado pelo novo coronavírus (COVID-19) constitui uma emergência de saúde pública de importância internacional. Em 11 de março de 2020, a OMS anunciou a COVID-19 como uma pandemia. Desde então, a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) e o Centro de Atendimento às Urgências em Saúde Pública (COE-COVID-19) têm concentrado suas ações a COVID-19, orientando principalmente as atividades do Ministério da Saúde quanto à emergência de saúde pública no âmbito da Atenção Primária. Sabendo que a Atenção Primária visa a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades. Disserte sobre como a Atenção Primária pode desenvolver ações de saúde para um enfrentamento eficiente da COVID-19 no Brasil e cite alguns desafios deste processo.
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Resposta:
11 de março de 2020 – O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta quarta-feira (11), em Genebra, na Suíça, que a COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, é agora caracterizada como uma pandemia.
“Atualmente, existem mais de 118 mil casos em 114 países e 4,2 mil pessoas perderam a vida. Outras milhares estão lutando por suas vidas em hospitais. Nos próximos dias e semanas, esperamos ver o número de casos, o número de mortes e o número de países afetados aumentar ainda mais”, afirmou Tedros.
No dia 30 de janeiro deste ano, a OMS já havia declarado que o surto do novo coronavírus constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional.
Descrever a situação como uma pandemia, segundo a OMS, não altera a avaliação sobre a ameaça representada por esse vírus. “Os países devem adotar uma abordagem envolvendo todo o governo e toda a sociedade, construída em torno de uma estratégia integral e combinada para prevenir infecções, salvar vidas e minimizar o impacto”, disse o diretor-geral da OMS.
Para as Américas, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, descreveu na semana passada três situações possíveis que os países da região podem enfrentar – simultaneamente ou mesmo entre áreas de países maiores – com o COVID-19. São elas: clusters de casos após importações; grandes surtos em “locais fechados”, como asilos, prisões, campos militares, reuniões de massa; e transmissão comunitária em massa, que é mais provável de ocorrer durante a temporada de gripe.
Para resolver essas situações, a diretora da OPAS considerou que existem três tipos de ações que podem ser tomadas: conter o vírus após sua introdução, por meio da detecção e isolamento de casos e do rastreamento de contatos; trabalhar com o setor de saúde para salvar vidas através da proteção dos profissionais de saúde e da organização de serviços para responder a um possível maior influxo de pacientes em estado grave; desacelerar a transmissão, por meio de uma abordagem multissetorial, entre outros.