História, perguntado por ma9928585, 4 meses atrás

a obra chamada mein kampf, cuja tradução é minha luta escrita por Adolf Hitler foi um veículo de propagação de ideias nazistas e constituiu-se em um documento importante para a compreensão de da ideologia nazista Cite alguns princípios da ideologia​

Soluções para a tarefa

Respondido por Jean123jean123
1

História

Hitler começou a ditar o livro para Emil Maurice enquanto estava preso em Landsberg, e depois de Julho de 1924 passou a ditar para Rudolf Heß, que posteriormente, com a ajuda de especialistas, aos poucos editou o livro. Por sua peculiar natureza verbal, a obra original mostrou-se repetitiva e de difícil leitura, por isso precisou ser editada e reeditada antes de chegar à editora. Ele foi dedicado a Dietrich Eckart, membro da Sociedade Thule.

O título original da obra era "Viereinhalb Jahre [des Kampfes] gegen Lüge, Dummheit und Feigheit" ("Quatro anos e meio de luta contra mentiras, estupidez e covardia"), porém Max Amann, o encarregado das publicações nazistas, decidiu que o título era muito complicado e achou melhor abreviá-lo para Mein Kampf - Minha Luta. Amann ficou desapontado com o conteúdo da obra, pois esperava uma história pessoal de Hitler detalhada e com ênfase no Putsch da Cervejaria, que acreditava se tornaria uma ótima leitura; Hitler, porém, não entrou em detalhes sobre sua vida pessoal e não escreveu nada sobre o Putsch.[6]

Sobrecapa da edição de 1926-1928

O primeiro volume, intitulado Eine Abrechnung, é essencialmente autobiográfico e foi publicado em 18 de julho de 1925; já o segundo volume, Die Nationalsozialistische Bewegung (O movimento nacional-socialista), é mais preocupado em expressar a doutrina nazista e foi publicado em 1926.

As principais ideias do livro são aquelas que mais tarde foram aplicadas durante a Alemanha nazista e a Segunda Guerra Mundial. Hitler desejava transformar a Alemanha num novo tipo de Estado, que se alicerçasse com o conceito de raças humanas e incluísse todos os alemães que viviam fora da Alemanha, estabelecendo também o Führerprinzip - conceito do líder -, em que Hitler dita que ele deveria deter grandes poderes, estabelecendo uma ideologia universal (Weltanschauung).

O livro é dominado pelo antissemitismo. Hitler diz, por exemplo, que a língua internacional Esperanto faz parte da conspiração dos judeus, e faz comentários a favor da antiga ideia nacionalista Alemã do "Drang nach Osten": a necessidade de ganhar o Lebensraum (espaço vital) para o leste, especialmente na Rússia.

Outro aspecto importante é o posicionamento político claramente anti-comunista, e uma preocupação evidente com a expansão da ideologia marxista. Hitler usou como tese principal o "Perigo Judeu", que fala sobre a conspiração dos Judeus para ganhar a liderança na Alemanha. No entanto, o livro também é autobiográfico: dá detalhes da infância de Hitler e o processo pelo qual ele se transformou em um nacionalista, depois num antissemita, e finalmente num militarista, tendo sido marcado pela sua juventude em Viena, Áustria.

pA areensão dos extratos de conta dos direitos autorais da Eher Verlag - a editora nazista - feitas pelos Aliados em 1945, revelou que em 1925, ano de seu lançamento, Mein Kampf (custando 12 marcos cada volume) vendeu 9 473 exemplares, a partir de então as vendas caíram gradativamente para 6 913 em 1926, para 5 607 em 1927 e somente 3 015 em 1928. Com as vitórias nas eleições pelos nazistas, a partir de 1929 as vendas cresceram, alcançando 7 669 naquele ano, e saltando para 54 086 em 1930, ano em que surgiu uma edição popular de oito marcos. Em 1931, 50 808 exemplares foram vendidos, e 90 351 em 1932. Em 1933 quando Hitler se tornou chanceler, as vendas saltaram para um milhão de exemplares. Em 1940, seis milhões de exemplares do Mein Kampf foram vendidos.[7] O Partido nazista afirmou que o livro antes disso já era um grande vendedor. Hitler possuía rendimento de 10% dos direitos autorais sobre o livro (sua principal fonte de renda a partir de 1925), 15% a partir de 1933, quando o rendimento da venda do livro superou um milhão de marcos.[6]

Direitos autorais

Os direitos do livro, que pertenciam a Adolf Hitler, foram entregues ao Estado da Baviera, por ordem do próprio Hitler. O Estado da Baviera recusou-se a republicar e permitir republicações do livro, por isso este não se encontrava mais à venda, porém tais direitos caíram em domínio público no dia 31 de Dezembro de 2015, podendo ser editado e traduzido por outras editoras.[8] Ainda assim, a divulgação de uma obra de impacto tão negativo ainda causa polêmica, com direito a uma versão digital sendo retirada de lojas brasileiras em janeiro de 2016 após uma ação judicial.[9][10]

Em Portugal, em Junho de 2016 o célebre Mein Kampf – A Minha Luta, de Adolf Hitler, foi o maior êxito de vendas da editora Guerra & Paz durante a Feira do Livro de Lisboa.[11] A obra onde estão enunciados os princípios ideológicos do nazismo deixou de ter direitos de autor em dezembro de 2015, o que inspirou a editora a lançar uma trilogia: além da obra de Hitler, Manuel S. Fonseca, o editor, publicou ainda o ‘Manifesto Comunista’ de Marx e Engels e o ‘Pequeno Livro Vermelho’ de Mao Tsé-Tung. Mas foi a obra de Hitler que mais interesse suscitou.[carece de fontes]

Perguntas interessantes