Saúde, perguntado por leticyadenaro9429, 7 meses atrás

A obesidade no mundo moderno vem se destacando cada vez mais, e com isso métodos de emagrecimento também ganham espaço, principalmente os que prometem resultados rápidos, no entanto isso pode causar doenças. Um produto polêmico é o Xenical, no Brasil, devido a uma determinação da Anvisa, é controlado e só pode ser adquirido mediante receita médica, já que sabemos que ele reduz em até 30% o consumo de gorduras pelo organismo, seu princípio ativo é o orlistat, que atua sobre uma enzima no intestino. Qual é a enzima afetada? Escolha uma: a. Proteases. b. Amilases. c. Lipases. d. Carboidrases. e. Lactases.

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Respondido por einstein235
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No Brasil existem quatro tipos de remédios sintéticos registrados na Anvisa como medicamentos específicos para o emagrecimento. Há ainda uma gama de remédios antidepressivos que acabam sendo usados para esta finalidade por diminuírem a ansiedade. Todos são tarja preta, vendidos nas farmácias somente com prescrição médica e, seu uso indiscriminado e provoca efeitos colaterais que precisam ser avaliados por médicos e pacientes.

Sibutramina é o princípio ativo com registro mais antigo no país, de março de 1998. Hoje são 22 tipos para comercialização. Já orlistat chegou no Brasil no final dos anos 90 e também possui 22 registros para venda. Os mais recentes são cloridrato de Iorcasserina e liraglutida.

Esses medicamentos inibem o apetite e favorecem a queima de gordura. O liraglutida, por exemplo, é um remédio usado também no tratamento para diabetes e tem como efeito colateral a falta de apetite e perda de peso. Já a sibutramina tem ação semelhante aos antidepressivos, reduzindo a ansiedade.

Nos últimos anos, por falta de comprovação sobre a real eficácia, a Anvisa retirou três medicamentos do mercado – Anfepramona, Femproporex e Mazindol. O primeiro ainda é vendido nos EUA, mas não na Europa. Já os outros dois são proibidos nos EUA e Europa.

“A medicação nunca é a primeira alternativa. Não adianta medicação sem mudança de hábito, prática de atividade física. Tudo é um conjunto”, afirma o nutrólogo Allan Ferreira, membro da Sociedade Brasileira de Nutrologia (SBN). “A medicação é uma muleta, ela não pode ser usada para sempre”. No entanto, o médico é taxativo: não dá para julgar quem prescreve o uso de remédios para pacientes obesos, por exemplo. “A decisão é do paciente em conjunto com o médico, pois é preciso pesar os malefícios e benefícios”, pondera.

Em muitas vezes, o ganho de peso pode ser associado a problemas mentais. Segundo Ferreira, cerca de 80% dos pacientes obesos têm padrão beliscador, ou seja, comem como válvula de escape para ansiedade. Por isso, ele afirma que muitas vezes os antidepressivos são usados em consultórios para reduzir a ansiedade e isso, consequentemente, leva a uma estabilização do paciente. No entanto, ele defende o uso controlado como uma solução temporária, sempre com acompanhamento médico e psicológico.

No caso de antidepressivos usados com a finalidade de ajudar no processo de emagrecimento, o nutricionista clínico e esportivo funcional Omar de Faria Neto, explica que os princípios ativos mais comuns são: fluoxetina, bupropiona e naltrexona. Apesar de serem autorizados pela Anvisa e vendidos em farmácia, esses medicamentos mascaram muitos perigos para saúde. Se usados por períodos prolongados e sem acompanhamento, costumam potencializar problemas cardiovasculares e cerebrovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) ou aneurisma cerebral. Além de efeitos colaterais como náuseas, vômitos, diarreias e dores musculares.

“Vendidos como algo milagroso, eles têm efeitos e as pessoas sabem. No entanto, profissionais sérios vão exigir acompanhamento psicológico e regularidade nas atividades físicas. Nesses casos, o medicamento entra como parcela do tratamento, em doses pequenas. Não como a única solução”, indica o clínico geral Marcos Pontes, do Hospital Santa Lúcia. Segundo o médico, os remédios têm os mesmos efeitos de uma droga. “A partir do momento que tira, causa depressão, ansiedade”, conclui.

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