Português, perguntado por kathnicoletti, 4 meses atrás

A mensagem
Um amigo nosso, comandante da VASP, conta-me a estranha mensagem recebida por um piloto americano durante uma aterrissagem.
O avião da companhia norte-americana sobrevoava a Bahia, a caminho do Rio, quando um defeito no motor obrigou o piloto a providenciar uma aterrissagem no aeroporto mais próximo possível.
Na Bahia, justamente na pequena cidade de Barreiras, existe uma pista de emergência (se é que se pode chamar aquilo de pista) para os aviões das linhas internacionais. Raramente é usada, mas era a mais próxima da rota do avião. Assim, o piloto não teve dúvidas. A situação dele estava muito mais pra urubu do que pra colibri. O negócio era mesmo se mandar para Barreiras.
Pediu pouso durante certo tempo, dirigindo-se à Rádio local em inglês. A resposta demorou um pouco, mas acabou vindo. Alguém, com forte sotaque nordestino, falando um inglês arrevesado e misturado com palavras em português, respondia que estava ouvindo e aconselhava o comandante a procurar outro local para aterrissagem.
Há dias estava chovendo em Barreiras e a pista se achava em péssimo estado.
O piloto, sem outra alternativa, insistiu em pousar assim mesmo, e tornou a pedir instruções, ouvindo-se lá a voz a dizer que estava bem, mas que não se responsabilizava pelo que desse e viesse.
Acontece, porém, que isso foi dito com outras palavras, ainda num misto de português e inglês. Assim:
— Ok. You land. But se der bode, I’il take my body out.
Atividades
1. Que problema de comunicação é mencionado pelo narrador?
2. O piloto pede novamente instruções para pousar. Que expressão o narrador emprega para descrever a situação em que ele se encontra? Explique o que essa expressão significa.
3. No desfecho, o funcionário da torre afirma que o piloto podia aterrissar, “mas que não se responsabilizava pelo que desse e viesse”. O que ele quis dizer?
4. Na fala do funcionário, há duas palavras, uma em inglês e a outra em português, que funcionam como um trocadilho por terem som parecido. Que palavras são essas?
5. Leia novamente o trecho em que o narrador se refere à pista de Barreiras: “se é que se pode chamar aquilo de pista”. Por que o uso da palavra “aquilo” atribui um caráter negativo à pista?
6. Agora, redija um pequeno parágrafo analisando a comunicação estabelecida (ou não estabelecida) entre as personagens.
7. Lendo essa crônica, explique por que o estudo das variedades linguísticas se torna importante.

Soluções para a tarefa

Respondido por marcioandrey2803
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Resposta:

1. problema de comunicação é mencionado pelo narrador?

As diferentes linguagens, pois são de países diferentes.

2. O piloto pede novamente instruções para pousar. Que expressão o narrador emprega para descrever a situação em que ele se encontra? Explique o que essa expressão significa.

Pois ele estava em uma situação bem feia (urubu) do que boa (colibri).

3. No desfecho, o funcionário da torre afirma que o piloto podia aterrissar, “mas que não se responsabilizava pelo que desse e viesse”. O que ele quis dizer?

Que se acontecesse algo de ruim com o piloto ou outra coisa, a responsabilidade seria total do piloto.

4. Na fala do funcionário, há duas palavras, uma em inglês e a outra em português, que funcionam como um trocadilho por terem som parecido. Que palavras são essas?

“Ok” e “ se der”.

5. Leia novamente o trecho em que o narrador se refere à pista de Barreiras: “se é que se pode chamar aquilo de pista”. Por que o uso da palavra “aquilo” atribui um caráter negativo à pista?

Porque é aquilo traz um tom de desprezo, de qualquer coisa.

6. Agora, redija um pequeno parágrafo analisando a comunicação estabelecida (ou não estabelecida) entre as personagens.

Ouve uma pequena comunicação e muitas falhas nela, percebi dificuldade de compreensão em ambos os lados, dois tipo de línguas diferentes e formas difíceis de se compreender.

7-Lendo essa crônica, explique por que o estudo das variedades linguísticas se torna importante.

Para você entender diversas linguagens para quando precisar, por exemplo o caso do piloto com a torre, um caso de emergência.

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