À luz da caricatura, explica o descontentamento criado pelas medidas da 1.ª República no seio da Igreja Católica.
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Resposta:
A Lei da Separação do Estado das Igrejas, publicada em 20 de abril de 1911, completa este ciclo, determinando nos seus primeiros artigos a liberdade de consciência e a liberdade religiosa, com "todas as confissões religiosas" a serem "igualmente autorizadas", deixando a "religião católica apostólica romana" de ser a religião oficial do Estado e desvinculando a República de qualquer encargo relativamente aos cultos:
"Artigo 4.º A República não reconhece, não sustenta, nem subsidia culto; e por isso (…) serão suprimidas nos orçamentos do Estado, dos corpos administrativos locais e de quaisquer estabelecimentos públicos todas as despesas relativas ao exercício dos cultos."
Com um extenso texto (196 artigos), a Lei da Separação inclui preceitos anticlericais que agravam o conflito já patente entre o poder político e a hierarquia católica, assim como a tensão no seio de uma população maioritariamente religiosa.