A luta pela escola pública obrigatória e gratuita para toda a população tem sido bandeira constante entre os educadores brasileiros, sobressaindo-se temas sobre funções sociais e pedagógicas, como a universalização do acesso e da permanência, o ensino e a educação de qualidade, o atendimento às diferenças sociais e culturais, e a formação para a cidadania crítica. Entretanto, têm-se observado, nas últimas décadas, contradições mal resolvidas entre quantidade e qualidade em relação ao direito à escola, entre aspectos pedagógicos e aspectos socioculturais, e entre uma visão de escola assentada no conhecimento e outra, em suas missões sociais. (LIBÂNEO, 2012, p. 15). LIBÂNEO, José Carlos. O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 1, p. 13-28, 2012. O fragmento do texto de Libâneo (2012) nos chama a pensar sobre a forma como a educação tem sido ofertada para a sociedade, porque nota-se que os diversos sujeitos não possuem acesso ao mesmo tipo de educação, fato este que nomeamos por dualismo escolar, retratado nas seguintes situações: I: Quando as classes dominantes têm acesso a uma educação ampla e universal, com condições estruturais e pedagógicas mais adequadas. II: Quando as classes dominadas são privadas da condição ampla e universal da educação, restando a elas, muitas vezes uma educação parcial, fragmentada e voltada à formação de uma força de trabalho precarizada. III: Quando as classes dominantes, preocupadas com as classes dominadas, auxiliam na sua educação, porque reconhecem que é direito de todos o acesso à educação de qualidade. É verdadeiro o que se apresenta apenas em: Alternativas: a) I – II b) II – III c) I – III d) II e) III 2) A educação que ocorreu no período medieval, nomeado por Idade Média, sofreu influências desse pensador. Foi ele quem criou o primeiro currículo e a primeira normatização do ensino, sendo também o primeiro filósofo a escrever um tratado sobre a educação, nomeado por "De magistro". Ele explica que o processo do conhecimento acontece por meio da iluminação divina, então mais do que o conhecimento pela razão, o que importa é a adesão pela fé, sendo a verdade transmitida pela bíblia. Que pensador seria este? Assinale a alternativa correta. Alternativas: a) Platão b) Aristóteles c) Rousseau d) Santo Agostinho e) Freinet
Soluções para a tarefa
1 -
I é verdadeira, de modo que a educação "dual" - que existe em um sistema de "naturezas" bem distintas - colabora, neste sentido, para a manutenção dos privilegiados em seu "lugar" social.
II é verdadeira, colaborando, neste aspecto, para a manutenção dos desprivilegiados nesta posição.
III é falsa, pois neste caso a educação convergiria para um sistema comum.
É correta a alternativa B.
2 -
A e B são falsas pela mesma razão: são pensadores antigos - portanto, que não eram parte da Idade Média - e que não baseavam as suas ideias em Deus.
C é falsa, Rousseau é Moderno, não Medieval, e também não punha Deus como base do pensamento.
D é verdadeira. Santo Agostinho de Hipona, autor de De Magistro, foi um dos mais importantes pensadores da Idade Média e um dos fundamentadores do modelo medieval de pensar a educação, política e cultura.