A literatura de cordel é ainda considerada, por muitos,
uma literatura menor. A alma do homem não é
mensurável e — desde que o cordel possa exprimir a
história, a ideologia e os sentimentos de qualquer
homem — vai ser sempre o gênero literário preferido
de quem procura apreender o espírito nordestino. Os
costumes, a língua, os sonhos, os medos e as alegrias
do povo estão no cordel. Na nossa época, apesar dos
jornais e da TV — que poderiam ter feito diminuir o
interesse neste tipo de literatura — e da falta de apoio
econômico, o cordel continua vivo no interior e em
cenáculos acadêmicos.
A literatura de cordel, as xilogravuras e o repente não
foram apenas um divertimento do povo. Cordéis e
cantorias foram o professor que ensinava as primeiras
letras e o médico que falava para inculcar
comportamentos sanitários. O cordel e o repente
fazem, muitas vezes, de um candidato o ganhador da
banca de deputado. E assim, lendo e ouvindo, foi-se
formando a memória coletiva desse povo alegre e
trabalhador, que embora calmo, enfrenta o mar e o
sertão com a mesma valentia.
(BRICKMANN, L. B. E de repente foi o cordel)
O gênero textual cordel, também conhecido como
folheto, tem origem em relatos orais e constitui uma
forma literária popular no Brasil. A leitura do texto
sobre a literatura de cordel permite:
(A) descrever esse gênero textual exclusivamente
como instrumento político.
(B) valorizar o povo nordestino, que tem no cordel
sua única forma de expressão.
(C) ressaltar sua importância e preservar a memória
cultural de nosso povo.
(D) avaliar o baixo custo econômico dos folhetos
expostos em barbantes.
(E) informar aos leitores o baixo valor literário desse
tipo de produção.
Soluções para a tarefa
Resposta:
c
Explicação:
ressaltar sua importância e preservar a memória cultural de nosso pivo
O cordel permite ressaltar a importância e preservar a memória, sendo a resposta correta a alternativa "C".
O que é cordel?
A literatura de cordel (também conhecida como "folheto") é um gênero literário popular originário/popularizado das regiões do Norte e do Nordeste Brasileiro (principalmente, Nordeste), do interior, para ser mais exata o qual consiste na escritura de textos, geralmente com rimas, os quais eram impressos ou escritos diretamente no papel e eram vendidos em feiras e/ou pendurados num cordão.
Seu nome "cordéis" vem do fato de que na maioria das vezes o texto era pendurado em cordas.
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