A Lira XIV, reproduzida a seguir, foi extraída da obra Marília de Dirceu, publicada em 1792; já a canção Tempos Modernos pertence ao álbum homônimo, lançado em 1982. Lira XIV – parte I (Tomaz Antônio Gonzaga) (. ) Ornemos nossas testas com as flores. E façamos de feno um brando leito, Prendamo-nos, Marília, em laço estreito, Gozemos do prazer de sãos Amores. Sobre as nossas cabeças, Sem que o possam deter, o tempo corre; E para nós o tempo, que se passa, Também, Marília, morre. Tempos Modernos (Lulu Santos) (. ) Hoje o tempo voa amor Escorre pelas mãos Mesmo sem se sentir Não há tempo Que volte amor Vamos viver tudo Que há pra viver Vamos nos permitir. (letras. Mus/. Acesso: 8/8/2012. ) Ao comparar os textos, é CORRETO afirmar que apesar de o tempo ser sempre o mesmo em todas as épocas, na modernidade ele parece passar mais rápido; daí a urgência do amor, presente na canção contemporânea de Lulu Santos, mas ausente na lira de Gonzaga, do século XVIII. Embora os textos tratem do mesmo tema, eles se diferem quanto à abordagem adotada. Na lira de Gonzaga, prevalece a idealização amorosa ambos os textos apontam para a necessidade de se viver o tempo presente, decorrente da brevidade da existência; na lira de Gonzaga, o amor é tratado de forma idealizada, ao passo que, na canção de Lulu Santos, ele é essencialmente carnal. A relação com a natureza; na canção de Lulu Santos, por sua vez, prevalece a relação entre amor e tempo. Embora escritos em épocas distintas, os textos tratam do mesmo tema e utilizam a mesma estratégia: o eu-poético tenta persuadir a amada a gozar os amores no momento presente, com base no argumento da fugacidade do tempo e da impossibilidade de se recuperá-lo.
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Resposta:É a (C) ambos os textos apontam para a necessidade de se viver o tempo presente.
Explicação: Tá certa fiz no CMSP
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