A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Antes, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida já cobrada,
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória
1- com base no que aprendemos até aqui a cerca da linguagem barroca, você diria que o texto é cultista ou conceptista?
Soluções para a tarefa
Respondido por
49
O poema "A Jesus Cristo Nosso Senhor", de Gregório de Mattos, é cultista.
Logo, na primeira estrofe percebemos o jogo de palavras, uma das principais características desse estilo.
O poeta assume que pecou, mas para ele quanto mais pecados, mais chances há de ser perdoado. É como se o pecador garantisse a Deus seu maior atributo: o perdão.
Ele também se compara a uma ovelha perdida, como a da parábola. Assim, ele se coloca como merecedor da salvação.
Além disso, há regularidade formal, linguagem rebuscada, rimas regulares e rimas mistas.
Perguntas interessantes
Ed. Física,
11 meses atrás
Filosofia,
11 meses atrás
Matemática,
11 meses atrás
Matemática,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás
Biologia,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás